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Primeiro-ministro do Paquistão promete acabar com o terrorismo

28/03/2016 14h38

Islamabad, 28 mar (EFE).- O primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, prometeu nesta segunda-feira lutar contra o terrorismo até erradicá-lo e garantiu que seu país está no caminho para ser "a terra da felicidade e do sucesso", um dia depois do atentado que deixou 72 mortos e 359 feridos em um parque da cidade de Lahore.

"Estou hoje aqui para reiterar a determinação nacional para lutar contra o terrorismo até eliminá-lo de nossa sociedade", disse o líder em discurso transmitido pela televisão de cerca de 10 minutos de duração.

Sharif, que cancelou uma viagem que tinha previsto realizar a Washington para participar da Cúpula de Segurança Nacional, afirmou que apesar dos progressos conquistados nos últimos meses, "a luta não terminou".

"Nos últimos três anos o governo e as agências de segurança reduziram as atividades terroristas. Seguimos o caminho do sucesso apesar dos últimos ataques", garantiu o político.

Sharif ressaltou que seu governo está no caminho para fazer do Paquistão "a terra da felicidade e do sucesso" e afirmou que a religião muçulmana defende "a paz e a unidade".

Lahore, capital da província de Punjab, é a cidade natal do primeiro-ministro e seu reduto político.

No total 72 pessoas morreram e 359 ficaram feridas em um atentado lançado na tarde do domingo no parque Gulshan Iqbal, nas cercanias de uma zona de jogo infantil, quando centenas de pessoas passavam a tarde ali em família.

O grupo Jamaat ul Ahrar, cisão do principal grupo insurgente do Paquistão, o Tehrik-e-Taliban Pakistan (TTP), assumiu a autoria do atentado e afirmou que estava dirigido contra cristãos.

O Exército paquistanês lançou em junho de 2014 uma ofensiva militar em zonas tribais do noroeste do país que continua hoje e na qual morreram 3,5 mil supostos insurgentes.

O ataque, o pior desde o ataque talibã à escola de Peshawar (norte do país) no qual morreram 125 alunos em 2014, sacudiu o Paquistão em um momento de certo otimismo pela redução da violência por causa dessa operação.