Candidatura de Lugo reacende debate sobre reeleição presidencial no Paraguai
Assunção, 29 mar (EFE).- A recente proposta da assembleia nacional do bloco de esquerda Frente Guasú de impulsionar a candidatura do ex-presidente Fernando Lugo às eleições de 2018 acelerou nesta terça-feira no Paraguai o debate sobre a possibilidade de uma reeleição presidencial, que é proibida pela Constituição do país.
O apoio à candidatura para um segundo mandato de Lugo, que presidiu o país de 2008 a 2012, coincide com as declarações de membros do governante Partido Colorado favoráveis a uma modificação da Constituição que permita a reeleição do presidente do Paraguai, Horacio Cartes.
A Frente Guasú (Frente Ampla, em guarani) anunciou na segunda-feira que sua assembleia nacional decidiu promover a candidatura de Lugo, que sofreu impeachment um ano antes de concluir seu mandato.
O partido acrescentou que para isso escolherá "o melhor meio legal que legitime a candidatura", sem dar mais detalhes ou ferramentas jurídicas para essa hipotética reeleição.
No entanto, Hugo Richer, senador da Frente Guasú, declarou hoje à "Rádio Monumental" que há três possibilidades para possibilitar a candidatura de Lugo: o Superior Tribunal de Justiça Eleitoral habilitar a candidatura, a realização de uma emenda à Constituição ou uma reforma constitucional.
Para o legislador, a via da emenda seria a mais adequada por acreditar que não haverá tempo suficiente até as próximas eleições para se realizar uma reforma constitucional.
Richer acrescentou que também deveria ser discutida a possibilidade de incluir um segundo turno no pleito presidencial, como em outros países da região.
A proposta de ter Lugo como candidato presidencial será avaliada durante o congresso nacional da Frente Guasú, previsto para o dia 28 de maio.
O conglomerado de forças de esquerda que ganhou a presidência em 2008, em uma aliança com o tradicional opositor dos colorados, o Partido Liberal, não tem figuras políticas do carisma de Lugo para as eleilções presidenciais de 2018.
Segundo Richer, a popularidade de Lugo supera todos os nomes do atual cenário político paraguaio, inclusive o de Cartes. De qualquer forma, alguns líderes do Partido Colorado se pronunciaram a favor de mudar a Constituição para que Cartes possa se candidatar a um segundo mandato.
No mês passado, o líder de uns dos três grupos do Partido Colorado na Câmara dos Deputados, Clemente Barrios, afirmou que o Partido Colorado buscará essa modificação pela emenda.
A Constituição paraguaia prevê um mandato presidencial de cinco anos e estabelece que nem o presidente nem o vice-presidente "poderão ser reeleitos em nenhum caso".
De acordo com os juristas, essa legislação afeta tanto os presidentes em exercício como os que ostentaram o cargo no passado. EFE
sct/vnm
O apoio à candidatura para um segundo mandato de Lugo, que presidiu o país de 2008 a 2012, coincide com as declarações de membros do governante Partido Colorado favoráveis a uma modificação da Constituição que permita a reeleição do presidente do Paraguai, Horacio Cartes.
A Frente Guasú (Frente Ampla, em guarani) anunciou na segunda-feira que sua assembleia nacional decidiu promover a candidatura de Lugo, que sofreu impeachment um ano antes de concluir seu mandato.
O partido acrescentou que para isso escolherá "o melhor meio legal que legitime a candidatura", sem dar mais detalhes ou ferramentas jurídicas para essa hipotética reeleição.
No entanto, Hugo Richer, senador da Frente Guasú, declarou hoje à "Rádio Monumental" que há três possibilidades para possibilitar a candidatura de Lugo: o Superior Tribunal de Justiça Eleitoral habilitar a candidatura, a realização de uma emenda à Constituição ou uma reforma constitucional.
Para o legislador, a via da emenda seria a mais adequada por acreditar que não haverá tempo suficiente até as próximas eleições para se realizar uma reforma constitucional.
Richer acrescentou que também deveria ser discutida a possibilidade de incluir um segundo turno no pleito presidencial, como em outros países da região.
A proposta de ter Lugo como candidato presidencial será avaliada durante o congresso nacional da Frente Guasú, previsto para o dia 28 de maio.
O conglomerado de forças de esquerda que ganhou a presidência em 2008, em uma aliança com o tradicional opositor dos colorados, o Partido Liberal, não tem figuras políticas do carisma de Lugo para as eleilções presidenciais de 2018.
Segundo Richer, a popularidade de Lugo supera todos os nomes do atual cenário político paraguaio, inclusive o de Cartes. De qualquer forma, alguns líderes do Partido Colorado se pronunciaram a favor de mudar a Constituição para que Cartes possa se candidatar a um segundo mandato.
No mês passado, o líder de uns dos três grupos do Partido Colorado na Câmara dos Deputados, Clemente Barrios, afirmou que o Partido Colorado buscará essa modificação pela emenda.
A Constituição paraguaia prevê um mandato presidencial de cinco anos e estabelece que nem o presidente nem o vice-presidente "poderão ser reeleitos em nenhum caso".
De acordo com os juristas, essa legislação afeta tanto os presidentes em exercício como os que ostentaram o cargo no passado. EFE
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