Em Lisboa, Aécio defende governo de transição não partidário
Lisboa, 31 mar (EFE).- O presidente do PSBD, o senador Aécio Neves, defendeu nesta quinta-feira a formação de um governo de transição liderado por Michel Temer e de caráter não partidário como melhor solução ao hipotético impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Em declarações a jornalistas em Lisboa, onde participou de um seminário sobre temas jurídicos e constitucionais, o tucano garantiu que seu partido apoiaria esse novo Executivo liderado pelo atual vice-presidente, mas sem participar diretamente.
"Não temos interesse em participar formalmente de um governo que não seja eleito por voto popular", comentou Aécio, que revelou que já promove reuniões com membros do PSDB para elaborar uma "agenda com cinco ou seis pontos essenciais para a transição", destinada a reivindicar uma "reforma política" que sirva como base de uma "mudança no sistema de governo" no futuro.
"O PSDB não ambiciona chegar ao poder por vias transversais, esperaremos as eleições. Para nós o calendário que as fixa em 2018 é o adequado", ressaltou.
Em sua opinião, a atual crise no Brasil se deve não à ação da oposição, mas à "perda de legitimidade" do governo de Dilma "pelas ilegalidades cometidas".
"Há uma crise que está empurrando a população a pressionar o Congresso para que inicie o impeachment", destacou Aécio, que rejeitou as acusações de que se trata de uma tentativa de golpe de Estado.
"Hoje o Brasil vive sua plenitude democrática, com suas instituições funcionando de forma totalmente adequada e será precisamente a força de nossas instituições o que nos permitirá superar este impasse. Não há nenhuma possibilidade de nenhuma saída a esta grave crise que não respeite a Constituição", garantiu.
O tucano ainda acusou Dilma de oferecer cargos públicos "a quem esteja disposto a manter a presidente no cargo como se oferecessem bananas em um mercado".
O desembarque do PMDB do governo, anunciado na terça-feira, agravou a crise e levou Dilma a tentar manter alguns dos ministros desse partido e a abrir negociações por outros cargos.
"Vejo inclusive setores do PT que já compreendem que a saída da presidente pode ser o melhor caminho para a sobrevivência do partido", comentou Aécio, para depois defender ainda a integridade da comissão do impeachment.
"Se o governo não consegue nem sequer um terço dos apoios na Câmara é porque já perdeu as condições de governar", opinou o tucano, para quem não investigar os crimes cometidos seria uma violação da Constituição.
Aécio Neves participou hoje do Quarto Seminário de Direito Luso-Brasileiro, intitulado "Constituição e crise" e que gerou polêmica no Brasil pela presença de líderes opositores ao governo. EFE
otp/rsd
Em declarações a jornalistas em Lisboa, onde participou de um seminário sobre temas jurídicos e constitucionais, o tucano garantiu que seu partido apoiaria esse novo Executivo liderado pelo atual vice-presidente, mas sem participar diretamente.
"Não temos interesse em participar formalmente de um governo que não seja eleito por voto popular", comentou Aécio, que revelou que já promove reuniões com membros do PSDB para elaborar uma "agenda com cinco ou seis pontos essenciais para a transição", destinada a reivindicar uma "reforma política" que sirva como base de uma "mudança no sistema de governo" no futuro.
"O PSDB não ambiciona chegar ao poder por vias transversais, esperaremos as eleições. Para nós o calendário que as fixa em 2018 é o adequado", ressaltou.
Em sua opinião, a atual crise no Brasil se deve não à ação da oposição, mas à "perda de legitimidade" do governo de Dilma "pelas ilegalidades cometidas".
"Há uma crise que está empurrando a população a pressionar o Congresso para que inicie o impeachment", destacou Aécio, que rejeitou as acusações de que se trata de uma tentativa de golpe de Estado.
"Hoje o Brasil vive sua plenitude democrática, com suas instituições funcionando de forma totalmente adequada e será precisamente a força de nossas instituições o que nos permitirá superar este impasse. Não há nenhuma possibilidade de nenhuma saída a esta grave crise que não respeite a Constituição", garantiu.
O tucano ainda acusou Dilma de oferecer cargos públicos "a quem esteja disposto a manter a presidente no cargo como se oferecessem bananas em um mercado".
O desembarque do PMDB do governo, anunciado na terça-feira, agravou a crise e levou Dilma a tentar manter alguns dos ministros desse partido e a abrir negociações por outros cargos.
"Vejo inclusive setores do PT que já compreendem que a saída da presidente pode ser o melhor caminho para a sobrevivência do partido", comentou Aécio, para depois defender ainda a integridade da comissão do impeachment.
"Se o governo não consegue nem sequer um terço dos apoios na Câmara é porque já perdeu as condições de governar", opinou o tucano, para quem não investigar os crimes cometidos seria uma violação da Constituição.
Aécio Neves participou hoje do Quarto Seminário de Direito Luso-Brasileiro, intitulado "Constituição e crise" e que gerou polêmica no Brasil pela presença de líderes opositores ao governo. EFE
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