Premiê irlandês lamenta "brexit", mas confia em relação especial com R.Unido
Dublin, 24 jun (EFE).- O primeiro-ministro da Irlanda, o democrata-cristão Enda Kenny, lamentou nesta sexta-feira que o Reino Unido tenha decidido sair da União Europeia (UE), mas destacou que a "relação sólida e estreita" entre os dois países continuará.
"Lamento muito", disse o chefe do governo em Dublin após analisar com seu conselho de ministros em uma reunião de emergência o impacto da vitória do "brexit" no referendo de ontem.
Kenny reconheceu que as consequências do "brexit" devem ser analisadas "cuidadosamente" e ressaltou que esta será agora "uma das prioridades" de seu governo.
Nesse sentido, o premiê irlandês quis tranquilizar a população e garantiu que não haverá "mudanças imediatas na circulação de pessoas, bens e serviços" entre as duas jurisdições da ilha da Irlanda, a República da Irlanda e a província britânica da Irlanda do Norte, a única fronteira física entre o Reino Unido e a UE.
"Já expressamos anteriormente nossas preocupações com a possibilidade do 'brexit'. Estas se referiam ao potencial impacto sobre o comércio e a economia, sobre a Irlanda do Norte, sobre a área de circulação comum e sobre a própria União Europeia", disse Kenny.
O líder conservador afirmou que seu Executivo está mantendo "contato estreito" com o Banco Central Irlandês e "outros parceiros internacionais" para controlar a "volatilidade no curto prazo" que terá o "brexit" sobre os mercados e a economia do país.
Kenny também louvou o fato de seu colega britânico, David Cameron, ter assegurado que Londres velará pelos interesses da Irlanda do Norte nas futuras negociações com a UE, apesar de que não será ele quem as conduzirá, já que anunciou hoje sua decisão de renunciar após a derrota no referendo.
Além das consequências econômicas, Londres e Dublin tinham advertido durante a campanha do referendo que a saída da UE poderia afetar o andamento do processo democrático na província britânica da Irlanda do Norte.
Sobre isso, Kenny considerou que a prioridade agora não é a convocação de um referendo sobre a unificação da Irlanda, como reivindicou o partido nacionalista Sinn Féin, sócio no governo norte-irlandês, cujo poder é compartilhado entre católicos e protestantes.
Na Irlanda do Norte, a opção de permanecer na UE venceu com 55,78% dos votos, contra 44,22% dos favoráveis ao "brexit".
Esse resultado contrasta com o do conjunto do Reino Unido, onde o a saída do bloco se impôs com 52% dos votos.
O vice-primeiro-ministro da Irlanda do Norte e "número 2" do Sinn Féin, Martin McGuinness, assegurou que o "governo britânico não tem um mandato democrático para representar os interesses" da província nas futuras negociações com a UE e pediu a realização de uma consulta popular sobre a unificação irlandesa.
"Lamento muito", disse o chefe do governo em Dublin após analisar com seu conselho de ministros em uma reunião de emergência o impacto da vitória do "brexit" no referendo de ontem.
Kenny reconheceu que as consequências do "brexit" devem ser analisadas "cuidadosamente" e ressaltou que esta será agora "uma das prioridades" de seu governo.
Nesse sentido, o premiê irlandês quis tranquilizar a população e garantiu que não haverá "mudanças imediatas na circulação de pessoas, bens e serviços" entre as duas jurisdições da ilha da Irlanda, a República da Irlanda e a província britânica da Irlanda do Norte, a única fronteira física entre o Reino Unido e a UE.
"Já expressamos anteriormente nossas preocupações com a possibilidade do 'brexit'. Estas se referiam ao potencial impacto sobre o comércio e a economia, sobre a Irlanda do Norte, sobre a área de circulação comum e sobre a própria União Europeia", disse Kenny.
O líder conservador afirmou que seu Executivo está mantendo "contato estreito" com o Banco Central Irlandês e "outros parceiros internacionais" para controlar a "volatilidade no curto prazo" que terá o "brexit" sobre os mercados e a economia do país.
Kenny também louvou o fato de seu colega britânico, David Cameron, ter assegurado que Londres velará pelos interesses da Irlanda do Norte nas futuras negociações com a UE, apesar de que não será ele quem as conduzirá, já que anunciou hoje sua decisão de renunciar após a derrota no referendo.
Além das consequências econômicas, Londres e Dublin tinham advertido durante a campanha do referendo que a saída da UE poderia afetar o andamento do processo democrático na província britânica da Irlanda do Norte.
Sobre isso, Kenny considerou que a prioridade agora não é a convocação de um referendo sobre a unificação da Irlanda, como reivindicou o partido nacionalista Sinn Féin, sócio no governo norte-irlandês, cujo poder é compartilhado entre católicos e protestantes.
Na Irlanda do Norte, a opção de permanecer na UE venceu com 55,78% dos votos, contra 44,22% dos favoráveis ao "brexit".
Esse resultado contrasta com o do conjunto do Reino Unido, onde o a saída do bloco se impôs com 52% dos votos.
O vice-primeiro-ministro da Irlanda do Norte e "número 2" do Sinn Féin, Martin McGuinness, assegurou que o "governo britânico não tem um mandato democrático para representar os interesses" da província nas futuras negociações com a UE e pediu a realização de uma consulta popular sobre a unificação irlandesa.
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