Candidata polemiza ao sugerir que ser mãe é melhor para liderar o Reino Unido
Londres, 9 jul (EFE).- A secretária de Estado de Energia britânica, Andrea Leadsom, que concorre para liderar o Partido Conservador e o governo do Reino Unido com a ministra de Interior, Theresa May, criou polêmica neste sábado ao sugerir que ser mãe lhe garante uma maior qualificação para conduzir o país.
"Tenho certeza que Theresa está muito triste porque não tem filhos, portanto não quero que (esta campanha) se transforme em 'Andrea tem filhos, Theresa não tem', porque acredito que seria realmente horrível", afirmou Leadsom em uma entrevista ao jornal ""The Times"".
"Mas, genuinamente, sinto que ser mãe significa que você tem uma participação real no futuro de seu país, uma participação tangível", acrescentou.
Ao comparar suas qualidades com as de May, de 59 anos, Leadsom afirmou que se vê "em primeiro lugar, como uma otimista, e depois, como membro de uma grande família, isso é muito importante para mim. Meus filhos são uma parte enorme da minha vida".
O jornal britânico publicou uma transcrição literal das palavras de Leadsom depois que a ex-executva bancária, de 53 anos, criticou o tratamento do "The Times" a suas palavras.
A deputada conservadora, que tem dois filhos e uma filha, declarou em comunicado seu "enfado e desgosto" após a publicação da entrevista, cuja manchete era: "Leadsom: Ser mãe me dá vantagem sobre May".
"Para o jornalista do 'The Times' e o fotógrafo deixei claro em repetidas ocasiões que nada do que dissesse devia ser usado de modo algum para sugerir que o fato de que Theresa May não tem filhos tenha alguma relação com as eleições", afirmou.
May, por sua parte, afirmou ao "Daily Telegraph" que é partidária de que "a vida pessoal seja pessoal", mas ressaltou que ela e seu marido aceitaram o fato de que não podiam ter filhos e seguiram "adiante".
"Espero que ninguém pense que isso importa. Apesar disso, tenho a capacidade de empatia e de entender as pessoas, e me preocupo com a justiça e as oportunidades", comentou.
As palavras de Leadsom também suscitaram críticas entre alguns deputados conservadores, como Julian Smith, que qualificou de "deprimentes" os comentários de sua companheira de bancada sobre "as mulheres e os homens que não têm filhos".
"É errôneo e insultante que Leadsom diga que aqueles que não têm filhos se importam menos com o futuro. Ser pai ou mãe não te qualifica para ser primeiro-ministro", disse o também conservador Sam Gyimah.
Leadsom e May são as candidatas designadas pelo grupo parlamentar conservador para enfrentar eleições internas nas quais participarão os 150.000 filiados da legenda e cujo resultado será divulgado em 9 de setembro.
A vencedora desse processo assumirá a chefia do governo britânico depois que David Cameron anunciou sua renúncia após a vitória do "Brexit", a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), no plebiscito do último dia 23 de junho.
"Tenho certeza que Theresa está muito triste porque não tem filhos, portanto não quero que (esta campanha) se transforme em 'Andrea tem filhos, Theresa não tem', porque acredito que seria realmente horrível", afirmou Leadsom em uma entrevista ao jornal ""The Times"".
"Mas, genuinamente, sinto que ser mãe significa que você tem uma participação real no futuro de seu país, uma participação tangível", acrescentou.
Ao comparar suas qualidades com as de May, de 59 anos, Leadsom afirmou que se vê "em primeiro lugar, como uma otimista, e depois, como membro de uma grande família, isso é muito importante para mim. Meus filhos são uma parte enorme da minha vida".
O jornal britânico publicou uma transcrição literal das palavras de Leadsom depois que a ex-executva bancária, de 53 anos, criticou o tratamento do "The Times" a suas palavras.
A deputada conservadora, que tem dois filhos e uma filha, declarou em comunicado seu "enfado e desgosto" após a publicação da entrevista, cuja manchete era: "Leadsom: Ser mãe me dá vantagem sobre May".
"Para o jornalista do 'The Times' e o fotógrafo deixei claro em repetidas ocasiões que nada do que dissesse devia ser usado de modo algum para sugerir que o fato de que Theresa May não tem filhos tenha alguma relação com as eleições", afirmou.
May, por sua parte, afirmou ao "Daily Telegraph" que é partidária de que "a vida pessoal seja pessoal", mas ressaltou que ela e seu marido aceitaram o fato de que não podiam ter filhos e seguiram "adiante".
"Espero que ninguém pense que isso importa. Apesar disso, tenho a capacidade de empatia e de entender as pessoas, e me preocupo com a justiça e as oportunidades", comentou.
As palavras de Leadsom também suscitaram críticas entre alguns deputados conservadores, como Julian Smith, que qualificou de "deprimentes" os comentários de sua companheira de bancada sobre "as mulheres e os homens que não têm filhos".
"É errôneo e insultante que Leadsom diga que aqueles que não têm filhos se importam menos com o futuro. Ser pai ou mãe não te qualifica para ser primeiro-ministro", disse o também conservador Sam Gyimah.
Leadsom e May são as candidatas designadas pelo grupo parlamentar conservador para enfrentar eleições internas nas quais participarão os 150.000 filiados da legenda e cujo resultado será divulgado em 9 de setembro.
A vencedora desse processo assumirá a chefia do governo britânico depois que David Cameron anunciou sua renúncia após a vitória do "Brexit", a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), no plebiscito do último dia 23 de junho.
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