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EUA cumprem meta de acolher 85.000 refugiados, entre eles 12.500 sírios

27/09/2016 18h27

Washington, 27 set (EFE).- Os Estados Unidos afirmaram nesta terça-feira que cumprirão nesta semana seu objetivo de acolher 85.000 refugiados neste ano fiscal, entre eles 12.500 sírios, e anunciou outros US$ 364 milhões em ajuda humanitária para os afetados pela guerra na Síria.

O governo de Barack Obama superou a meta de receber até outubro 10.000 refugiados sírios, já que até agora chegaram ao país "cerca de 12.500", disse a secretária adjunta de Estado dos EUA para População, Refugiados e Migrações, Anne Richard, em entrevista coletiva.

No próximo ano fiscal, que começa agora em 1º de outubro, o objetivo é acolher "ainda mais" refugiados sírios, segundo acrescentou, embora isso dependa em parte das intenções do próximo presidente dos EUA, que chegará ao poder em janeiro.

"No final desta semana, teremos cumprido nosso objetivo de dar as boas-vindas a mais refugiados que nos últimos 15 anos. Estamos orgulhosos de proporcionar um novo começo a quase 85.000 das pessoas mais vulneráveis do mundo", destacou Richard.

O governo americano anunciou neste mês que elevou a 110.000 o número máximo de refugiados de todo o mundo que poderá receber no ano fiscal 2017, um aumento de 57% em relação a 2015.

Richard e outros funcionários do governo se reuniram há duas semanas com vários congressistas para informar-lhes dessa nova meta, e ela reconheceu hoje que alguns deles não estavam contentes com a ideia.

"Os Estados Unidos têm capacidade de acolher muitos, muitos, muitos refugiados", ressaltou Richard, ao assegurar que o único "limite" é o "cuidadoso sistema" de apuração ao qual o governo americano submete os solicitantes de asilo.

Richard detalhou ainda que, até agora, os refugiados se assentaram em 180 cidades americanas e se espera "que essa lista cresça", embora sejam deixados de fora municípios "onde não haja muitos empregos ou onde a moradia seja cara".

Os refugiados que chegaram aos Estados Unidos nos últimos anos não só provêm de Síria e Iraque, mas também de El Salvador, Guatemala, Honduras, Mianmar, República Democrática do Congo, Somália e Ucrânia, entre outros países.

A funcionária também anunciou hoje a concessão de US$ 364 milhões a mais em assistência humanitária para os afetados pela guerra na Síria, o que eleva a US$ 5,9 bilhões a ajuda desse tipo proporcionada pelos EUA desde o início do conflito sírio há mais de cinco anos.

No entanto, Richard reconheceu que "levar a ajuda às pessoas que a necessitam desesperadamente requer acesso" e que o regime de Bashar al Assad e a Rússia deveriam permitir que essa assistência chegue a populações necessitadas, ao invés de "bombardear comboios humanitários, hospitais e equipes de emergências" na Síria.

"O regime nega a passagem segura a comboios humanitários, elimina as provisões humanitárias das entregas da ONU e restringe a quantidade total de ajuda. Isto é inaceitável", ressaltou Richard. EFE

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