Líder opositor Samy Badibanga é eleito primeiro-ministro da RDC por acordo
Kinshasa, 17 nov (EFE).- O líder opositor Samy Badibanga foi nomeado nesta quinta-feira primeiro-ministro da República Democrática do Congo (RDC) em substituição de Augustin Matata Ponyo Matata, graças ao acordo entre governo e partidos para pôr fim à crise suscitada pelo adiamento das eleições presidenciais.
Badibanga era deputado e presidente da coalizão entre seu partido, a União pela Democracia e o Progresso Social (UDPS), e seus aliados.
Em outubro, o governo e uma parte da oposição chegaram a um acordo para adiar as eleições até 2018.
Durante esse período, governo e oposição decidiram que o presidente, Joseph Kabila, poderia continuar no cargo, mas, em troca, caberia à oposição eleger o primeiro-ministro.
Apesar das votações previstas para dezembro deste ano, a Comissão Eleitoral e o governo pediram há meses o adiamento do pleito por motivos "técnicos", já que, segundo os mesmos, o censo eleitoral está defasado.
A oposição rejeitou então o adiamento, ao considerá-lo uma tentativa de Kabila, que está no poder desde 2001, de se manter no cargo em desacordo com a Constituição.
Em setembro, os protestos para pedir a renúncia do presidente explodiram em Kinshasa, onde pelo menos 32 pessoas morreram, segundo as autoridades, mas a oposição elevou este número para mais de 75 mortos.
Apesar das negociações entre governo e oposição, lideradas pela União Africana, para se chegar uma solução pactuada para a crise, alguns partidos de oposição são contrários a este acordo político.
No início de novembro, a coalizão opositora Rassemblement convocou uma concentração em Kinshasa para protestar contra o adiamento das eleições, mas um forte dispositivo policial impediu sua realização.
Kabila dirige o país desde 2001, quando chegou ao poder após o assassinato de seu pai, Laurent-Désiré Kabila, e venceu as duas eleições presidenciais realizadas até o momento, em 2006 e 2011.
A Constituição congolesa determina um limite de dois mandatos consecutivos de cinco anos para o presidente, mas Kabila é mais dos líderes africanos que tentam se perpetuar no poder em desacordo com a legislação, assim como seus colegas de Burundi, Pierre Nkurunziza, e Ruanda, Paul Kagame.
Badibanga era deputado e presidente da coalizão entre seu partido, a União pela Democracia e o Progresso Social (UDPS), e seus aliados.
Em outubro, o governo e uma parte da oposição chegaram a um acordo para adiar as eleições até 2018.
Durante esse período, governo e oposição decidiram que o presidente, Joseph Kabila, poderia continuar no cargo, mas, em troca, caberia à oposição eleger o primeiro-ministro.
Apesar das votações previstas para dezembro deste ano, a Comissão Eleitoral e o governo pediram há meses o adiamento do pleito por motivos "técnicos", já que, segundo os mesmos, o censo eleitoral está defasado.
A oposição rejeitou então o adiamento, ao considerá-lo uma tentativa de Kabila, que está no poder desde 2001, de se manter no cargo em desacordo com a Constituição.
Em setembro, os protestos para pedir a renúncia do presidente explodiram em Kinshasa, onde pelo menos 32 pessoas morreram, segundo as autoridades, mas a oposição elevou este número para mais de 75 mortos.
Apesar das negociações entre governo e oposição, lideradas pela União Africana, para se chegar uma solução pactuada para a crise, alguns partidos de oposição são contrários a este acordo político.
No início de novembro, a coalizão opositora Rassemblement convocou uma concentração em Kinshasa para protestar contra o adiamento das eleições, mas um forte dispositivo policial impediu sua realização.
Kabila dirige o país desde 2001, quando chegou ao poder após o assassinato de seu pai, Laurent-Désiré Kabila, e venceu as duas eleições presidenciais realizadas até o momento, em 2006 e 2011.
A Constituição congolesa determina um limite de dois mandatos consecutivos de cinco anos para o presidente, mas Kabila é mais dos líderes africanos que tentam se perpetuar no poder em desacordo com a legislação, assim como seus colegas de Burundi, Pierre Nkurunziza, e Ruanda, Paul Kagame.
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