Após crise com derrota de Hillary, democratas escolhem novo líder
Raquel Godos.
Washington, 24 fev (EFE).- O Comitê Nacional Democrata (DNC) escolherão neste sábado seu novo presidente após meses de campanha interna e o desastre das eleições do ano passado, quando o republicano Donald Trump venceu Hillary Clinton.
O vencedor terá a árdua tarefa de reconstruir o Partido Democrata das próprias cinzas. Por isso, 447 delegados estão reunidos desde quinta-feira em Atlanta, na Geórgia, para escolher o novo líder.
Os favoritos para vencer a disputa são o ex-secretário do Trabalho e o advogado de direito civil Tom Pérez, de origem dominicana, e o congressista por Minnesota Keith Ellison, afro-americano, muçulmano e da ala mais progressista do partido. Corre por fora o prefeito de South Bend, Pete Buttigieg.
Pérez, membro do governo de Barack Obama, foi apoiado pela equipe do ex-presidente a concorrer ao cargo e conta com respaldo oficial do ex-vice-presidente Joe Biden, uma das pessoas mais influentes e populares do Partido Democrata.
No entanto, Ellison surgiu como uma alternativa viável após receber apoio de pessoas como o senador Bernie Sanders e a senadora Elizabeth Warren. O congressista se colocou como uma pessoa idônea para dar aos democratas o novo rumo que alguns veem como necessário.
A corrente liderada por Elisson considera que os democratas se afastaram de seus eleitores naturais e decidiram se levar pelos grandes interesses em vez de escutar os trabalhadores. Já Pérez é visto como uma aposta continuísta do sucesso de Obama, que deixou o cargo com altos índices de popularidade.
Os candidatos realizaram um debate transmitido pela emissora "CNN" na última quarta-feira, mas evitaram se atacar e mostraram uma estratégia comum contra o presidente Donald Trump.
Tanto Ellison como Pérez prometeram reconstruir o partido e voltar a se conectar com os eleitores. No caso específico, a opinião pública não é determinante porque só os membros do comitê, formado por ativistas democratas e doadores, que votam na disputa.
Os democratas vivem uma grave crise devido à inesperada derrota de Hillary na última eleição. Além disso, o partido também não conseguiu tomar o controle do Senado das mãos dos republicanos no pleito de novembro, algo esperado pela maioria dos analistas.
A Câmara dos Representantes também segue com maioria republicana. A derrota de Hillary também teve impacto nas eleições estatais e locais, nas quais os democratas também levaram a pior.
"O desafio para os democratas é duplo. Primeiro, precisam gerar entusiasmo tanto em relação ao partido como o candidato tentará desafiar Trump em 2020. Em segundo lugar, conseguir que os eleitores se empolguem com o programa político do partido", disse à Agência Efe Christopher Larimer, professor de Ciência Política da Universidade de Northern Iowa.
"Em nível estatal, os republicanos estão dominando a agenda política e, em muitos estados, ela está mudando rapidamente à direita. O desafio para Pérez ou Ellison é mostrar como os democratas têm um plano para não só deter, mas também reverter esse movimento", completou o especialista.
A imagem democrata também saiu prejudicada na última campanha. A ex-presidente do DNC, Debbie Wasserman Schultz, teve que deixar o cargo após o Wikileaks revelar que o establishment do partido colocou em prática várias estratégias para debilitar a campanha de Sanders nas eleições primárias.
A sucessora de Schultz, a ex-comentarista da "CNN" e atual presidente interina do DNC, Donna Brazile, repassou para Hillary algumas perguntas do debate organizado pela emissora nas primárias, como revelou o Wikileaks, questionando a transparência do partido.
O novo presidente do DNC também terá que devolver a credibilidade ao processo de debate interno, além de recuperar a confiança dos eleitores. Segundo analistas, o processo passa em reafirmar o compromisso do Partido Democrata com a classe média.
Washington, 24 fev (EFE).- O Comitê Nacional Democrata (DNC) escolherão neste sábado seu novo presidente após meses de campanha interna e o desastre das eleições do ano passado, quando o republicano Donald Trump venceu Hillary Clinton.
O vencedor terá a árdua tarefa de reconstruir o Partido Democrata das próprias cinzas. Por isso, 447 delegados estão reunidos desde quinta-feira em Atlanta, na Geórgia, para escolher o novo líder.
Os favoritos para vencer a disputa são o ex-secretário do Trabalho e o advogado de direito civil Tom Pérez, de origem dominicana, e o congressista por Minnesota Keith Ellison, afro-americano, muçulmano e da ala mais progressista do partido. Corre por fora o prefeito de South Bend, Pete Buttigieg.
Pérez, membro do governo de Barack Obama, foi apoiado pela equipe do ex-presidente a concorrer ao cargo e conta com respaldo oficial do ex-vice-presidente Joe Biden, uma das pessoas mais influentes e populares do Partido Democrata.
No entanto, Ellison surgiu como uma alternativa viável após receber apoio de pessoas como o senador Bernie Sanders e a senadora Elizabeth Warren. O congressista se colocou como uma pessoa idônea para dar aos democratas o novo rumo que alguns veem como necessário.
A corrente liderada por Elisson considera que os democratas se afastaram de seus eleitores naturais e decidiram se levar pelos grandes interesses em vez de escutar os trabalhadores. Já Pérez é visto como uma aposta continuísta do sucesso de Obama, que deixou o cargo com altos índices de popularidade.
Os candidatos realizaram um debate transmitido pela emissora "CNN" na última quarta-feira, mas evitaram se atacar e mostraram uma estratégia comum contra o presidente Donald Trump.
Tanto Ellison como Pérez prometeram reconstruir o partido e voltar a se conectar com os eleitores. No caso específico, a opinião pública não é determinante porque só os membros do comitê, formado por ativistas democratas e doadores, que votam na disputa.
Os democratas vivem uma grave crise devido à inesperada derrota de Hillary na última eleição. Além disso, o partido também não conseguiu tomar o controle do Senado das mãos dos republicanos no pleito de novembro, algo esperado pela maioria dos analistas.
A Câmara dos Representantes também segue com maioria republicana. A derrota de Hillary também teve impacto nas eleições estatais e locais, nas quais os democratas também levaram a pior.
"O desafio para os democratas é duplo. Primeiro, precisam gerar entusiasmo tanto em relação ao partido como o candidato tentará desafiar Trump em 2020. Em segundo lugar, conseguir que os eleitores se empolguem com o programa político do partido", disse à Agência Efe Christopher Larimer, professor de Ciência Política da Universidade de Northern Iowa.
"Em nível estatal, os republicanos estão dominando a agenda política e, em muitos estados, ela está mudando rapidamente à direita. O desafio para Pérez ou Ellison é mostrar como os democratas têm um plano para não só deter, mas também reverter esse movimento", completou o especialista.
A imagem democrata também saiu prejudicada na última campanha. A ex-presidente do DNC, Debbie Wasserman Schultz, teve que deixar o cargo após o Wikileaks revelar que o establishment do partido colocou em prática várias estratégias para debilitar a campanha de Sanders nas eleições primárias.
A sucessora de Schultz, a ex-comentarista da "CNN" e atual presidente interina do DNC, Donna Brazile, repassou para Hillary algumas perguntas do debate organizado pela emissora nas primárias, como revelou o Wikileaks, questionando a transparência do partido.
O novo presidente do DNC também terá que devolver a credibilidade ao processo de debate interno, além de recuperar a confiança dos eleitores. Segundo analistas, o processo passa em reafirmar o compromisso do Partido Democrata com a classe média.
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