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Partido Democrata elege hispânico Tom Pérez como novo líder

25/02/2017 20h12

Washington, 25 fev (EFE).- Os membros do Comitê Nacional Democrata (DNC) elegeram neste sábado o hispânico como presidente Tom Pérez, integrante da ala mais tradicional do partido e que prometeu reforçar a estrutura partidária para vencer os republicanos e o presidente Donald Trump nas próximas eleições.

Pérez, ex-secretário de Trabalho e advogado de direitos civis, teve 235 dos 445 votos dos membros do partido reunidos em Atlanta, na Geórgia, desde a quinta-feira para escolher o novo líder do Comitê Nacional Democrata. Seu primeiro ato, depois de ser nomeado, foi apertar a mão do congressista por Minnesota Keith Ellison, da ala mais progressista do partido, afro-americano, muçulmano e que tinha surgido com força como o maior oponente de Pérez para a presidência do Comitê Nacional Democrata.

"Quero propor uma moção que debati com meu amigo Ellison para suspender atualmente as regras e nomeá-lo vice-presidente do Comitê Nacional Democrata", disse Pérez, que teve apoio unânime à proposta.

Ellison aceitou o cargo e pediu que todos apoiem Pérez já a partir de hoje, porque os democratas não podem "se dar ao luxo" de ficar divididos após a eleição de uma nova liderança.

Pérez, membro do gabinete do ex-presidente Barack Obama de 2013 ao fim do mandato, foi incentivado por sua antiga equipe a tentar o cargo e contava com o apoio oficial do ex-vice-presidente Joe Biden, um dos rostos mais populares do partido.

Obama já parabenizou Pérez por sua eleição e defendeu que ele será capaz de unir o partido e abrir as portas às novas gerações.

"Sei que Tom Pérez nos unirá sob um estandarte de oportunidades e marcará as bases para uma nova geração de liderança democrata para este país tão grande, audaz, inclusivo e dinâmico que tanto amamos", afirmou Obama, em comunicado.

O Partido Democrata está imerso em uma grave crise devido à inesperada derrota da ex-secretária de Estado Hillary Clinton na corrida eleitoral, além de por sua incapacidade de arrebatar o Senado dos conservadores nas eleições legislativas de novembro.