Presidente turco ataca jornal por notícias de tensão entre exército e governo
Ancara, 28 fev (EFE).- O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, advertiu nesta terça-feira que o jornal "Hürriyet" "pagará um preço muito alto" se tentar provocar um enfrentamento entre o Executivo e as Forças Armadas, em resposta a uma informação veiculada por esta publicação sobre supostas tensões entre as duas instituições.
"Se tentarem nos colocar uns contra os outros (os militares e o governo), pagarão um preço muito alto", declarou aos veículos de imprensa o chefe do Estado antes de partir em viagem oficial ao Paquistão.
O líder turco se referiu a um artigo publicado pelo "Hürriyet" no dia 25 de fevereiro, no qual, sob o título "Os militares, irritados", fontes militares anônimas citavam desavenças entre o governo e setores das Forças Armadas.
O artigo indicou que o Exército, tradicional fiador dos princípios laicos da república turca, não foi informado previamente sobre a decisão do Executivo de permitir que as mulheres-soldado pudessem usar véu.
Também indicou que os militares não foram notificados sobre a reunião que o chefe do Estado-Maior, Hulusi Akar, manteve com seu colega americano, Joseph Dunford, há dez dias para discutir uma estratégia comum na Síria.
A Promotoria de Istambul abriu uma investigação por supostas insinuações golpistas no artigo, já que o mesmo contém a palavra "karargah", que pode ser interpretada como corporação, mas também como "junta militar", o que daria a entender a existência de um grupo de militares que se opõem ao Executivo.
"O título é muito feio. Nos incomodou. Também causou incomodação nas Forças Armadas. Eles também farão uma declaração de repúdio. A direção do jornal não tem autoridade para fazer tais manchetes. Vamos abrir um processo legal contra eles", acrescentou Erdogan.
As Forças Armadas, por sua vez, emitiram hoje um comunicado no qual pedem que a instituição não seja usada como "ferramenta política" para criar a sensação de que "há um problema com o governo".
Apesar de o presidente não ter funções executivas, Erdogan é considerado o verdadeiro homem forte do governo.
No dia 16 de abril, acontecerá um referendo para modificar a Constituição, mudando o regime para presidencialista. Caso seja aprovado, o presidente acumulará a chefia de Estado e de governo.
O jornal "Hürriyet" modificou em seu site o título do artigo no dia seguinte a sua publicação para "Sete críticas, sete respostas".
Vários jornais turcos asseguram que o diretor do "Hürriyet", Sedat Ergin, foi destituído devido à publicação desse artigo.
"Se tentarem nos colocar uns contra os outros (os militares e o governo), pagarão um preço muito alto", declarou aos veículos de imprensa o chefe do Estado antes de partir em viagem oficial ao Paquistão.
O líder turco se referiu a um artigo publicado pelo "Hürriyet" no dia 25 de fevereiro, no qual, sob o título "Os militares, irritados", fontes militares anônimas citavam desavenças entre o governo e setores das Forças Armadas.
O artigo indicou que o Exército, tradicional fiador dos princípios laicos da república turca, não foi informado previamente sobre a decisão do Executivo de permitir que as mulheres-soldado pudessem usar véu.
Também indicou que os militares não foram notificados sobre a reunião que o chefe do Estado-Maior, Hulusi Akar, manteve com seu colega americano, Joseph Dunford, há dez dias para discutir uma estratégia comum na Síria.
A Promotoria de Istambul abriu uma investigação por supostas insinuações golpistas no artigo, já que o mesmo contém a palavra "karargah", que pode ser interpretada como corporação, mas também como "junta militar", o que daria a entender a existência de um grupo de militares que se opõem ao Executivo.
"O título é muito feio. Nos incomodou. Também causou incomodação nas Forças Armadas. Eles também farão uma declaração de repúdio. A direção do jornal não tem autoridade para fazer tais manchetes. Vamos abrir um processo legal contra eles", acrescentou Erdogan.
As Forças Armadas, por sua vez, emitiram hoje um comunicado no qual pedem que a instituição não seja usada como "ferramenta política" para criar a sensação de que "há um problema com o governo".
Apesar de o presidente não ter funções executivas, Erdogan é considerado o verdadeiro homem forte do governo.
No dia 16 de abril, acontecerá um referendo para modificar a Constituição, mudando o regime para presidencialista. Caso seja aprovado, o presidente acumulará a chefia de Estado e de governo.
O jornal "Hürriyet" modificou em seu site o título do artigo no dia seguinte a sua publicação para "Sete críticas, sete respostas".
Vários jornais turcos asseguram que o diretor do "Hürriyet", Sedat Ergin, foi destituído devido à publicação desse artigo.
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