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Trump diz que Coreia do Norte está "brincando" com os EUA

Atores caracterizados como o ditador norte-coreano Kim Jong-un (esq.) e o presidente dos EUA Donald Trump posam para foto diiante do consulado dos EUA em Hong Kong - Anthony Wallace/ AFP
Atores caracterizados como o ditador norte-coreano Kim Jong-un (esq.) e o presidente dos EUA Donald Trump posam para foto diiante do consulado dos EUA em Hong Kong Imagem: Anthony Wallace/ AFP

Em Washington

17/03/2017 11h15

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recriminou nesta sexta-feira (17) a Coreia do Norte por "comportar-se muito mal", e também a China, que - segundo ele - fez muito "pouco" para conter o regime norte-coreano.

"A Coreia do Norte está se portando muito mal. Eles vêm 'brincando' com os Estados Unidos durante anos e a China fez muito pouco para ajudar!", escreveu Trump no Twitter.

Os comentários do presidente acontecem depois que seu secretário de Estado, Rex Tillerson, afirmou na Coreia do Sul que a diplomacia paciente do governo de Barack Obama para lidar com o programa nuclear norte-coreano acabou e que todas as "opções estão abertas" neste campo.

"A paciência estratégica terminou", disse hoje Tillerson, que não ofereceu mais detalhes sobre qual fórmula a Casa Branca irá adotar para interromper o programa nuclear norte-coreano.

Trump já havia criticado a China por seu apoio ao regime norte-coreano e por sua política comercial e monetária, já que o presidente americano considera que a desvalorização da divisa chinesa pelas autoridades do país teve efeitos "devastadores" na economia americana.

Tillerson visitará no sábado a China, principal aliado diplomático e sócio comercial de Pyongyang.

EUA na?o descartam ac?a?o militar contra Coreia do Norte

AFP

Pequim e Washington aparentemente compartilham a preocupação com o programa nuclear norte-coreano, mas a China já deixou claro que também considera que as posições americanas contribuem para a escalada de tensão.

O quadro se tornou mais grave com a decisão americana de instalar na Coreia do Sul o sistema antimísseis THAAD.

Seul e Washington afirmam que a instalação tem finalidade puramente defensiva, contra qualquer ameaça da Coreia do Norte.

Mas Pequim considera que o THAAD e seu potente radar poderiam reduzir a eficácia de seus próprios sistemas de mísseis.