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No Twitter, Trump critica notícias "enviesadas e falsas" sobre a Rússia

23/03/2017 11h23

Washington, 23 mar (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continuou nesta quinta-feira sua ofensiva contra os veículos de comunicação ao chamar de "enviesadas e falsas" as notícias das emissoras "NBC" e "ABC" sobre seus supostos vínculos com funcionários do governo russo.

"Acabo de ver as notícias totalmente enviesadas e falsas da chamada história da Rússia na "NBC" e na "ABC". Que desonestos!", escreveu Trump em sua conta no Twitter.

Trump não especificou a que notícia sobre a Rússia se referia, mas ambas emissoras de televisão divulgaram uma matéria que revelou hoje que agentes do Departamento do Tesouro obtiveram informação financeira de Paul Manafort, ex-chefe de campanha de Trump.

Ditos documentos supostamente fazem parte de uma investigação anticorrupção do governo dos EUA sobre o trabalho de Manafort no leste da Europa.

Manafort foi contratado pela campanha de Trump em março de 2016, em maio foi promovido à estrategista chefe e em junho assumiu as rédeas da campanha até sua saída em agosto, quando se viu obrigado a renunciar após a revelação de que estava sendo investigado na Ucrânia por receber pagamentos de um partido pró-Rússia.

Agora, se encontra no centro da polêmica sobre a Rússia devido a seus vínculos com o oligarca russo Oleg Deripaska, um aliado do presidente russo, Vladimir Putin, a quem o ex-chefe de campanha de Trump assessorou há uma década "em assuntos comerciais e pessoais em países onde tinha investimentos", segundo reconheceu nesta quarta-feira o próprio Manafort.

No entanto, Manafort negou que seu trabalho para Deripaska consistisse em promover os interesses do chefe do Kremlin.

Na segunda-feira, em uma audiência no Congresso, o diretor do FBI, James Comey, confirmou que a polícia federal americana está investigando a suposta ingerência do Kremlin nos pleitos presidenciais de novembro do ano passado, assim como os possíveis contatos entre o círculo de Trump e funcionários do governo russo. EFE

bpm/rsd