Topo

Novo governo marroquino será formado por coalizão de 6 partidos

25/03/2017 19h43

Rabat, 25 mar (EFE).- O presidente do governo marroquino, Saadeddine Othmani, anunciou neste sábado que o próximo Executivo será formado por uma coalizão governamental de seis partidos políticos representados no parlamento.

Em entrevista coletiva esta noite na sede do Partido Justiça e Desenvolvimento (PJD), ganhador das eleições, o presidente do governo recém-designado pelo rei Muhammad VI pôs fim a um bloqueio que durou cinco meses por conta de desacordos entre os potenciais aliados.

"Esta decisão foi ditada pela firme vontade para superar os obstáculos que impediram a formação do governo no passado", disse Othmani, "número dois" do PJD, em seu comparecimento perante a imprensa e ao lado de seus aliados governamentais.

Os partidos que formam a coalizão governamental são os quatro que estavam na anterior maioria governamental: PJD (125 cadeiras), Reagrupamento Nacional de Independentes (RNI, 37 cadeiras), Movimento Popular (MP, 27 cadeiras) e Partido do Progresso e Socialismo (PPS, 12 cadeiras). A eles foram acrescentam dois novos: a União Constitucional (UC, 19 cadeiras) e a União Socialista de Forças Populares (USFP, 20 cadeiras), este último transformado no "empecilho" que impedia a formação de governo por causa da total oposição a sua entrada por parte do anterior chefe de governo e líder máximo do PJD, Abdelilah Benkirane, que acabou sendo cessado pelo rei.

Othmani, que hoje falou pela primeira vez desde que as negociações com todos os partidos começaram na segunda-feira passada, insistiu que ele e seus aliados desejam acelerar o processo de configuração do novo Executivo. Segundo ele, a nova coalizão começará a partir de amanhã a discutir a formação governamental e a divisão de pastas. Paralelamente a isso, os partidos de maioria formarão uma comissão que será encarregada de preparar o programa de governo.

"Queremos edificar um governo baseado em uma estrutura eficiente", disse Othmani, ressaltando que seu Executivo dará prioridade à reforma administrativa.