Separatistas de Biafra paralisam numerosas cidades no sudeste da Nigéria
Abuja, 30 mai (EFE).- Separatistas do sudeste da Nigéria paralisaram nesta terça-feira numerosas cidades nesta parte do país para festejar os 50 anos da declaração da República do Biafra, com a qual os independentistas da região tentaram - sem sucesso - a secessão.
A paralisação geral foi convocada pelo Movimento para a Atualização do Estado Soberano de Biafra (MASSOB) e pelo Povo Indígena do Biafra, os dois principais grupos separatistas da região.
Com seu pedido aos moradores da região para que permanecessem em casa, os separatistas celebraram o 50º aniversário da rebelião iniciada em 30 de maio de 1967 e homenagearam os caídos nos três anos de guerra civil após a declaração de independência do Biafra.
A adesão à paralisação foi desigual nas distintas cidades da região, segundo relataram à Agência Efe moradores e integrantes das forças de segurança do sudeste da Nigéria.
"As pessoas continuam cuidando de suas vidas livremente em Umuahia, mas algumas escolas não estão abertas", disse um responsável das forças da ordem que pediu o anonimato.
Umuahia é a capital do estado de Abia, um dos territórios que abrangia a extinta República do Biafra.
"Na cidade comercial de Aba, muita gente está participando da paralisação", acrescentou o responsável de segurança.
Outro dos estados afetados é o do Delta, em cuja capital, Asaba, os estabelecimentos comerciais permanecem abertos, mas as escolas continuam fechadas como medida de precaução, explicou um morador da cidade.
Uma situação parecida ocorre em Onitsha, no estado de Anambra, que tem um dos maiores mercados do país.
A paralisação também aconteceu em Enugu, a capital do sudeste do país há 50 anos, e em Owerri, capital do estado de Imo, segundo contaram por telefone à Efe vários moradores.
Diante do temor de possíveis incidentes violentos, as autoridades posicionaram efetivos de segurança em lugares estratégicos.
Grupos de direitos humanos acusaram nos últimos anos as autoridades nigerianas de utilizarem uma força excessiva como resposta aos protestos separatistas.
Em novembro do ano passado, a Anistia Internacional (AI) exigiu que o governo da Nigéria averiguasse a suposta execução extrajudicial de pelo menos 150 ativistas pró-Biafra, uma acusação que foi negada pelas forças de segurança.
Antes da paralisação de hoje, a AI pediu ao exército nigeriano que evite massacres deste tipo no sudeste do país.
O apoio à causa do Biafra aumentou nos últimos anos entre os jovens desta parte da Nigéria, que se queixam da falta de empregos e de oportunidades e acusam os sucessivos governos federais de discriminar a região devido à tentativa fracassada de secessão.
O sudeste da Nigéria viveu entre 1967 e 1970 uma guerra de secessão que foi finalmente sufocada pelo exército nigeriano.
O conflito começou após um massacre de cidadãos de etnia igbo - originária do sudeste do país - em várias partes da Nigéria, especialmente no norte.
Pelo menos 1 milhão de pessoas morreram durante a guerra, a maioria devida à fome.
A paralisação geral foi convocada pelo Movimento para a Atualização do Estado Soberano de Biafra (MASSOB) e pelo Povo Indígena do Biafra, os dois principais grupos separatistas da região.
Com seu pedido aos moradores da região para que permanecessem em casa, os separatistas celebraram o 50º aniversário da rebelião iniciada em 30 de maio de 1967 e homenagearam os caídos nos três anos de guerra civil após a declaração de independência do Biafra.
A adesão à paralisação foi desigual nas distintas cidades da região, segundo relataram à Agência Efe moradores e integrantes das forças de segurança do sudeste da Nigéria.
"As pessoas continuam cuidando de suas vidas livremente em Umuahia, mas algumas escolas não estão abertas", disse um responsável das forças da ordem que pediu o anonimato.
Umuahia é a capital do estado de Abia, um dos territórios que abrangia a extinta República do Biafra.
"Na cidade comercial de Aba, muita gente está participando da paralisação", acrescentou o responsável de segurança.
Outro dos estados afetados é o do Delta, em cuja capital, Asaba, os estabelecimentos comerciais permanecem abertos, mas as escolas continuam fechadas como medida de precaução, explicou um morador da cidade.
Uma situação parecida ocorre em Onitsha, no estado de Anambra, que tem um dos maiores mercados do país.
A paralisação também aconteceu em Enugu, a capital do sudeste do país há 50 anos, e em Owerri, capital do estado de Imo, segundo contaram por telefone à Efe vários moradores.
Diante do temor de possíveis incidentes violentos, as autoridades posicionaram efetivos de segurança em lugares estratégicos.
Grupos de direitos humanos acusaram nos últimos anos as autoridades nigerianas de utilizarem uma força excessiva como resposta aos protestos separatistas.
Em novembro do ano passado, a Anistia Internacional (AI) exigiu que o governo da Nigéria averiguasse a suposta execução extrajudicial de pelo menos 150 ativistas pró-Biafra, uma acusação que foi negada pelas forças de segurança.
Antes da paralisação de hoje, a AI pediu ao exército nigeriano que evite massacres deste tipo no sudeste do país.
O apoio à causa do Biafra aumentou nos últimos anos entre os jovens desta parte da Nigéria, que se queixam da falta de empregos e de oportunidades e acusam os sucessivos governos federais de discriminar a região devido à tentativa fracassada de secessão.
O sudeste da Nigéria viveu entre 1967 e 1970 uma guerra de secessão que foi finalmente sufocada pelo exército nigeriano.
O conflito começou após um massacre de cidadãos de etnia igbo - originária do sudeste do país - em várias partes da Nigéria, especialmente no norte.
Pelo menos 1 milhão de pessoas morreram durante a guerra, a maioria devida à fome.
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