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Otan confirma manutenção de missão no Afeganistão além de 2017

29/06/2017 16h58

Bruxelas, 29 jun (EFE).- Os Estados membros da Otan confirmaram nesta quinta-feira seu compromisso de manter a missão aliada de assessoria e formação das forças no Afeganistão além de 2017, após a instabilidade e os atentados dos últimos meses.

"Nossas autoridades militares pediram alguns milhares de soldados a mais para a missão e hoje posso confirmar que aumentaremos nossa presença no Afeganistão", anunciou o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, em entrevista coletiva após à reunião de ministros de Defesa da Aliança.

O politico norueguês afirmou que a missão "Apoio Decidido" permanecerá no terreno "além de 2017", ressaltou que a decisão definitiva sobre as tropas que serão cedidas por cada país será tomada "mais adiante", ainda que por enquanto mais de 15 países já estejam comprometidos a aumentar seus efetivos.

O secretário de Defesa do Reino Unido, Michael Fallon, confirmou em sua chegada à cúpula ministerial que Londres enviará cem soldados adicionais para apoiar a missão no Afeganistão.

Stoltenberg reconheceu que a polícia e o exército afegãos são capazes de fazer frente aos ataques terroristas e elogiou seu profissionalismo e dedicação, mas admitiu que há "espaço para melhora" em âmbitos como a profissionalização e a capacitação das forças armadas afegãs.

Assim, declarou que a missão terá foco, entre outras funções, em reforçar as academias militares.

"Não acreditamos que esta operação no Afeganistão será simples e não acreditamos que será pacífica este ano ou no próximo ou no futuro próximo", assumiu Stoltenberg, que explicou que enquanto os talibãs "acreditarem que podem ganhar a guerra, não negociarão".

O ex-premiê da Noruega também garantiu que a corrupção no Afeganistão é "uma séria ameaça à segurança" do país.

"A mais alta de nossas prioridades é a modernização das instituições para lutar exatamente contra a corrupção. Trata-se de criar instituições, mecanismos, ferramentas de apoio aos afegãos", afirmou Stoltenberg, que disse que é uma tarefa "extremamente difícil", mas encorajou os aliados a "continuarem vigilantes".

De fato, Stoltenberg lembrou que a Otan substituiu uma missão de combate com "cerca de cem mil militares" pela atual missão de treinamento com "cerca de 13 mil militares".