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Maduro diz que sanções mostram "ódio" e "impotência" do "imperador Trump"

31/07/2017 21h12

Caracas, 31 jul (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rebateu nesta segunda-feira as sanções impostas a ele pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, motivadas pela realização das eleições para a Assembleia Nacional Constituinte.

"São algumas decisões que expressam sua impotência, seu desespero, seu ódio. Expressam o caráter do magnata que o imperador dos EUA. Não obedeço a ordens imperiais de governos estrangeiros", disse Maduro em um discurso transmitido por rede nacional de televisão a partir da sede do Conselho Nacional Eleitoral.

"Ou você está com Trump ou está com a Venezuela. Ou está com Trump ou com a democracia. Ou está com Trump ou está com os povos livres do mundo. Essa é a decisão: ou você está com Trump ou com o mundo livre", respondeu Maduro às sanções do governo americano.

Segundo o presidente venezuelano, Trump é mais odiado nos EUA e no mundo do que George W.Bush, que se declarou "anticolonialista, antirracista e contra o Ku Klux Klan que governa a Casa Branca".

Maduro criticou mais uma vez os EUA de se comportarem de maneira imperial na América Latina e no Caribe, atacando os governos da região que se dobram ao domínio do governo americano.

O assessor de Segurança Nacional dos EUA, general H.R. McMaster, anunciou hoje sanções diretas contra Maduro. Todos os bens que o presidente venezuelano possa ter sob jurisdição americana foram confiscados e cidadãos americanos não podem fazer transações econômicas com Maduro.

"Ele não é só um mau líder, agora é um ditador", disse McMaster, explicando que Maduro agora entra em um "clube exclusivo", do qual fazem parte apenas os presidentes da Síria, Bashar al Assad, da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e do Zimbabué, Robert Mugabe.

As sanções foram uma resposta dos EUA à eleição dos representantes da Constituinte promovida por Maduro para mudar a Carta Magna do país, um processo visto pela oposição e por parte da comunidade internacional como uma tentativa de consolidar uma ditadura do chavismo na Venezuela.

EUA, Argentina, Colômbia, México, União Europeia, entre outros, afirmaram que não reconhecerão o resultado da votação de ontem.