Coreia do Sul completa instalação do escudo antimíssil Thaad
A Coreia do Sul completou nesta quinta-feira (7) a implantação do sistema antimíssil Thaad em seu território, com a instalação de quatro interceptores de projéteis adicionais onde o governo busca melhorar sua defesa em caso de um ataque da Coreia do Norte.
"O governo desdobrou provisoriamente os serviços de transporte adicionais do sistema Thaad das Forças dos Estados Unidos na Coreia do Sul para proteger a vida e segurança das pessoas da cada vez mais intensas ameaças nucleares e de mísseis da Coreia do Norte", disse o Ministério da Defesa sul-coreano, através de um comunicado.
O ministério esclareceu que a instalação é provisória e que será tomada uma decisão sobre sua implantação permanente quando forem realizados estudos de impacto ambiental relevantes, que já levaram ao presidente Moon Jae-in a paralisar, no mês de junho, a localização dos quatro dispositivos.
"A bateria estará operando tão logo os Estados Unidos finalizem seus procedimentos internos", disse o porta-voz da Defesa, Moon Sang-gyun, em uma entrevista coletiva.
As instalações desta quinta se juntam às duas já situadas no terreno, um antigo campo de golfe localizado cerca de 300 quilômetros ao sul de Seul e a 18 quilômetros ao norte de Seongju.
Nesta cidade, aconteceram mais cedo confrontos entre moradores e forças de segurança deslocadas para o local, que deixaram dezenas de feridos.
Cerca de 8 mil policiais foram enviados para uma área próxima, onde aproximadamente 400 manifestantes tentaram impedir o acesso à base de artilharia nas proximidades, ligados a caminhões bloqueando estradas e formando cadeias humanas.
A implantação total da bateria do sistema americano de Defesa Terminal de Área a Grande Altitude (Thaad, sigla em inglês) ocorre 14 meses depois que Washington e Seul chegaram a um acordo sobre sua instalação em território sul-coreano, para resistir à ameaça norte-coreana.
O sistema é composto de poderosos radares de longo alcance de banda X e uma unidade de controle e comunicações, que já foram instaladas em abril.
Além da rejeição local, temendo que a cidade se transforme em um alvo primário para os ataques de Pyongyang, bem como os efeitos que os seus radares podem trazer para a saúde e agricultura, o Thaad também viu o protesto de países como a China e Rússia, os quais consideram que o sistema poderia ser empregado para espiar suas bases militares.
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