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Ivanka Trump usou conta de e-mail particular para assuntos oficiais

25/09/2017 20h27

Washington, 25 set (EFE).- Ivanka Trump, filha e assessora do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, utilizou sua conta de e-mail particular para tratar de assuntos oficiais com uma alta funcionária do governo, segundo uma investigação divulgada nesta segunda-feira.

O documento foi obtido pelo grupo progressista American Oversight sob amparo da Lei de Liberdade de Informação (FOIA, na sigla em inglês), segundo a qual cidadãos e organizações podem solicitar por via judicial a divulgação de documentos de interesse público.

O e-mail tem data de 28 de fevereiro deste ano, quando Ivanka ainda não tinha um escritório na Ala Oeste, mas a filha do governante teve um papel frequente e atípico na equipe de governo do pai desde que este tomou posse do cargo em janeiro.

No seu e-mail, com cópia a uma das suas colaboradoras mais próximas, Julie Radford, Ivanka expressava à diretora da Administração de Pequenas Empresas (SBA), Linda McMahon, seu interesse em colaborar em iniciativas empresariais para mulheres.

"Há alguém de sua equipe com quem a minha chefe de pessoal, Julie (em cópia), possa entrar em contato para explorar formas de colaborar?", perguntou Ivanka a McMahon.

Esta revelação acontece apenas um dia depois de que foi divulgado que Jared Kushner, marido de Ivanka e também assessor de Trump, usou sua conta de e-mail particular para abordar assuntos da Casa Branca com outros funcionários do governo.

Durante a campanha eleitoral de 2016, Trump criticou com dureza sua rival democrata, Hillary Clinton, pelo uso de um servidor particular para tratar assuntos oficiais quando era secretária de Estado (2009-2013).

O FBI (polícia federal americana) chegou a investigar o caso da ex-secretária de Estado para comprovar se manejou informação confidencial com sua conta de e-mail privada.

Apesar de em julho de 2016 os investigadores terem concluído que Hillary não tinha incorrido em nenhum delito que justificasse seu indiciamento, no final de outubro - apenas 11 dias antes das eleições - o então diretor do FBI, James Comey, anunciou uma nova investigação sobre o uso que fez da sua conta particular.

A democrata assinalou esta decisão, que na ocasião foi aplaudida pelo próprio Trump, como uma das principais causas da sua derrota nas eleições.