Abe pede humildade ao seu partido após vitória nas eleições do Japão
O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, fez suas primeiras declarações após a vitória nas eleições realizadas neste domingo no Japão e pediu "humildade" ao seu partido para governar o país pelo terceiro mandato consecutivo.
"Temos que aceitar com humildade essa vitória", disse Abe à emissora pública "NHK", pedindo também que seu partido assuma as críticas que feitas pelos eleitores durante a campanha.
O Partido Liberal Democrata (PLD) de Abe e o seu principal aliado, o Komeito, já conquistaram 236 cadeiras das 465 que formam a Câmara Baixa do Parlamento, o que, segundo as projeções da "NHK", garantiria a maioria absoluta ao primeiro-ministro.
"Temos que esperar os resultados definitivos. Parecemos que teremos uma maioria, mas queremos garantir que temos um apoio estável para continuar avançando com nossas políticas, porque é isso que querem os eleitores", indicou o primeiro-ministro.
Os resultados parciais da "NHK" coloca o PLD com 227 cadeiras na Câmara Baixa. Já o Komeito teria 26, o que representa mais da metade do total, faltando ainda apurar 25% dos votos.
As pesquisas de boca de urna mostram que a coalizão de Abe voltará a dominar dois terços do parlamento, o que pode permitir a aprovação de uma reforma constitucional defendida pelo premiê para ampliar as competências do Japão em matéria de defesa.
O Partido Constitucional Democrático, liderado pelo progressista Yukio Edano, se opõe frontalmente à reforma do aspecto pacifista da Constituição do Japão e deve ser a primeira força de oposição do parlamento com 38 cadeiras, segundo os resultados parciais.
Abe convocou os partidos a realizar "discussões construtivas" sobre a reforma da Constituição com o objetivo de conseguir mais apoios para a iniciativa. E lembrou que, para fazer com que o projeto seja aprovado, será preciso realizar um referendo.
Claro favorito em todas as pesquisas, Abe convocou as eleições no início do mês de forma antecipada com o pretexto de fortalecer seu governo para continuar implementando seu programa econômico e para lidar com a ameaça da Coreia do Norte.
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