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Comissão Eleitoral do Quênia garante que eleições de amanhã vão acontecer

25/10/2017 12h35

Nairóbi, 25 out (EFE).- O presidente da Comissão Eleitoral do Quênia, Wafula Chebukati, garantiu nesta quarta-feira que a repetição do pleito presidencial prevista para amanhã será realizada conforme estava previsto.

"De acordo com as garantias que órgãos relevantes deram a esta Comissão, as eleições vão ser realizadas amanhã", garantiu Chebukati em uma coletiva de imprensa.

O titular da Comissão Eleitoral agradeceu aos quenianos sua paciência e lhes pediu que retornassem às suas casas amanhã após a votação nas seções eleitorais.

Além disso, Chebukati indicou que a maioria do material eleitoral foi já entregue às seções eleitorais, e assegurou que, caso não seja possível proceder com a votação em algum distrito, a lei permite que ela ocorra mais adiante.

Veículos da imprensa queniana afirmam que em alguns redutos da oposição - que se nega a participar do pleito já que não confia na capacidade da Comissão para organizar eleições justas e credíveis - há grupos de manifestantes dispostos a impedir que os materiais cheguem às seções.

Chebukati lamentou os ataques sofridos pelo pessoal da Comissão, mas também exigiu que as forças de segurança "detenham a brutalidade policial", que os agentes que abusarem da força "sejam levados à Justiça" e lembrou que o direito de manifestação está protegido pela Constituição do país.

O titular da Comissão Eleitoral garantiu que o diretor-geral da polícia queniana, Joseph Boinnet, fez "certas mudanças" para "proteger os direitos humanos e o direito à vida e à propriedade privada" e lembrou a promessa pessoal do presidente do país, Uhuru Kenyatta, de "garantir a proteção" a todos os cidadãos.

Ao ser perguntado sobre o veredicto desta manhã do Tribunal Superior de Justiça, que assegura que a contratação dos funcionários da Comissão Eleitoral para realizar a apuração foi feita de forma ilegal, Chebukati se limitou a repetir a mensagem que a Comissão publicou esta manhã no Twitter.

"Entendemos que a sentença não afeta o trabalho dos funcionários, e eles desempenharão suas funções", indicou o presidente da Comissão, em referência à própria decisão do Tribunal, que não anulou as contratações, apesar de considerá-las ilegais.

Assim, as eleições parecem que seguirão adiante, mesmo após a incerteza gerada pelo boicote eleitoral anunciado pelo principal grupo de oposição, a coalizão Super Aliança Nacional, cujo líder, Raila Odinga, que garante ter retirado sua candidatura, vai fazer hoje um "grande anúncio" sobre o pleito.