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Presença feminina segue sendo insignificante em nova cúpula do poder na China

25/10/2017 08h46

Pequim, 25 out (EFE).- A presença feminina continua sendo insignificante após a renovação da cúpula do Partido Comunista da China (PCCh), onde apenas uma mulher faz parte do Politburo, um dos seus máximos órgãos reitores compostos por 25 pessoas.

Sun Chunlan, de 67 anos e líder da Frente Unida, sindicato único do regime, é a única mulher que finalmente integra esse grupo nomeado durante o 19º Congresso do PCCh que terminou ontem em Pequim.

Isto representa uma menor representação feminina em relação à configuração do Politburo formado após o último congresso de 2012, quando duas mulheres faziam parte do mesmo: Sun e Liu Yandong, que acaba de aposentar-se aos 72 anos.

Como se esperava, nenhuma mulher aparece na cúpula da liderança do partido e do país, o Comitê Permanente do Politburo, um órgão que ao longo da história do partido esteve integrado unicamente por homens.

Além do presidente chinês, Xi Jinping, e do primeiro-ministro, Li Keqiang, que se mantêm no órgão, os novos membros são Li Zhanshu, Wang Yang, Wang Huning, Zhao Leji e Han Zheng.

Por outra parte, apenas 10 dos 205 membros que compõem o Comitê Central são mulheres, razão pela qual a presença feminina segue sendo anedótica neste órgão, em que representam somente 4,8% do total.

Também é muito escassa a presença de minorias neste órgão do partido, onde apenas 16 membros fazem parte de minorias como a mongol (com três membros) ou a tibetana (dois).

Ainda que o presidente Xi tenha defendido em repetidas ocasiões seu compromisso com o desenvolvimento da mulher e da igualdade de gênero, a realidade é que as mulheres seguem sem estar presentes nas altas esferas de poder.

Após este decisivo congresso, Xi segue, portanto, rodeado de uma grande quantidade de homens nos principais órgãos reitores do PCCh: o Comitê Central, o Politburo e o Comitê Permanente.