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Rajoy evita falar sobre a Catalunha ao chegar a Bruxelas

26/10/2017 16h50

Bruxelas, 19 out (EFE).- O presidente do governo da Espanha, Mariano Rajoy, evitou fazer declarações em Bruxelas nesta quinta-feira sobre a sua decisão de prosseguir com a aplicação do artigo 155 da Constituição espanhola diante a postura do presidente regional da Catalunha, Carles Puigdemont.

Rajoy participa da cúpula da União Europeia (UE), onde espera que os demais chefes de Estado e de Governo do bloco o apoiem em meio à tentativa catalã de se tornar independente.

O governante viajou para a capital belga após receber nesta manhã uma carta de Puigdemont na qual o político catalão diz que, se Rajoy "persiste em impedir o diálogo", o Parlamento da Catalunha "poderá proceder à votação da declaração formal de independência" da região.

Rajoy convocou para o sábado uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros com o objetivo de aprovar medidas em aplicação do artigo 155 para assumir as competências do governo autônomo catalão.

A agenda do Conselho Europeu não inclui a situação na Catalunha, que só será abordada se Rajoy desejar, mas será um assunto inevitável nas conversas com outros dirigentes europeus.

Além dos contatos informais que Rajoy terá até amanhã, quando terminar a cúpula, também realizará nesta tarde uma reunião com o presidente da França, Emmanuel Macron.

Em princípio, está previsto que ambos abordem diversos assuntos de caráter econômico, mas previsivelmente falarão da situação na Catalunha.

A Espanha vive uma crise política desencadeada pelos passos dados pelos governantes independentistas catalães para concretizar a separação da Catalunha, entre eles a realização no dia 1º de outubro de um referendo sobre a independência da região, que foi considerado ilegal pelo Tribunal Constitucional espanhol.

O presidente catalão divulgou o resultado favorável à secessão no dia 10, no Parlamento regional, mas suspendeu a declaração de independência e pediu diálogo ao governo nacional.

O governo de Rajoy pediu para que Puigdemont dialogasse com a oposição na Catalunha e no Parlamento espanhol, e exigiu que esclarecesse se no dia 10 declarou ou não a independência da região. EFE

bb/vnm