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Após operação na próstata, Temer segue internado em hospital de São Paulo

28/10/2017 14h19

(Atualiza com declaração de médicos e previsão de alta).

São Paulo, 27 out (EFE).- O presidente Michel Temer foi submetido a uma cirurgia de próstata na noite de ontem e permanece internado em um hospital de São Paulo, de onde deve sair na próxima segunda-feira, informaram neste sábado fontes oficiais.

Os médicos realizaram um procedimento para desobstruir um canal da uretra através da ressecção da próstata, de acordo com um comunicado da Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República.

A intervenção cirúrgica transcorreu sem nenhum tipo de problema e Temer se recupera agora em um quarto, depois de ter passado pela unidade de cuidados semi-intensivos do Hospital Sírio Libanês, na capital paulista, de acordo com as mesmas fontes.

O cardiologista Roberto Kalil Filho, médico de Temer, afirmou hoje que o presidente está "clinicamente muito bem" e que pode receber alta na próxima segunda-feira.

De acordo com Miguel Srougi, da equipe médica que acompanha o presidente, Temer já tinha operado a próstata há sete anos e, em casos de cirurgia prévia, os sangramentos são comuns.

"Ele tinha coágulos, que sangraram. O sangramento iria se repetir. Agora é muito difícil que (a próstata aumente) de novo, muito improvável, mas não impossível. Este problema está resolvido", declarou Srougi.

O presidente chegou na noite de sexta-feira ao hospital com um "quadro de retenção urinária por hiperplasia benigna da próstata".

Temer, de 77 anos, foi hospitalizado em Brasília na quarta-feira passada por uma "obstrução urinária", mas recebeu alta hora depois após ser submetido a uma série de exames no Hospital do Exército da capital federal.

O presidente sofreu um "mal-estar" no momento em que a Câmara dos Deputados debatia a denúncia formulada contra ele pelo Ministério Público por obstrução da Justiça e formação de quadrilha.

Após conseguir a vitória na Câmara, com 251 votos a favor do arquivamento da denúncia, Temer garantiu que estará mais concentrado na recuperação econômica do país e em sua saúde.

Semanas atrás, o próprio Temer admitiu que tinha sido detectada uma leve obstrução em uma artéria coronária, mas negou que tivesse que ser submetido a um cateterismo para corrigir o problema.