Fluxo de rohingyas para Bangladesh continua apesar de acordo com Mianmar
Daca, 28 out (EFE).- O fluxo de rohingyas a Bangladesh que fogem da violência no vizinho Mianmar continua apesar do acordo alcançado nesta semana entre os dois países para que as autoridades birmanesas detivessem sua chegada a território bengalês, aonde chegaram mais de 600.000 pessoas dessa comunidade desde o último dia 25 de agosto.
"Não vejo que o fluxo de rohingyas tenha parado, normalmente entre 1.000 e 2.000 rohingyas entram em Bangladesh, e essa situação continua", garantiu neste sábado à Agência Efe o secretário do Ministério de Desastres e Assistência bengalês, Shah Kamal.
Kamal, no entanto, evitou fazer qualquer comentário sobre o acordo com as autoridades birmanesas.
Na terça-feira passada, durante uma visita do ministro de Interior bengalês a Mianmar, o governo de Bangladesh afirmou que as autoridades birmanesas tinham aceitado "acabar com o fluxo de cidadãos da Birmânia" foragidos ao outro lado da fronteira.
Um comandante das forças de segurança fronteiriças bengalesas em Teknaf, Ariful Isalm, confirmou hoje à Efe que a chegada a Bangladesh de rohingyas prossegue sem variações à situação prévia ao acordo com Mianmar, com pelo menos "30 ou 40" membros desta minoria que tinham cruzado a fronteira apenas ontem à noite.
"O fluxo não parou (...) Inclusive nem sequer podemos dizer que tenha diminuído", disse à Efe, por sua parte, Zahid Hossain Siddique, representante governamental na cidade de Teknaf, na fronteira com Mianmar e via de chegada de refugiados.
Segundo Siddique, "pelo menos 500 rohingyas" entraram no país ontem a partir de Mianmar por três pontos diferentes na parte mais meridional do país, sobretudo em Baharchara.
"Após o acordo não vemos mudanças no número de rohingyas que entram em Bangladesh", sentenciou Siddique.
No seu último relatório de situação divulgado ontem, o Grupo de Coordenação Intersetorial da ONU cifrou em 605.000 os rohingyas chegados a Bangladesh nos últimos dois meses, no qual não incluía "aproximadamente 1.125" que tinham chegado no dia anterior e que não foram contabilizados porque estavam "ainda em trânsito".
A crise dos rohingyas começou no último dia 25 de agosto, após o ataque de um grupo insurgente desta comunidade muçulmana contra instalações policiais e militares no estado birmanês de Rakhine, no oeste do país, em uma ação que foi respondida pelo exército com uma campanha de repressão que ainda continua.
Mianmar não reconhece os rohingyas como uma comunidade do país e os considera bengaleses, enquanto Bangladesh, onde já antes desta crise viviam 300.000 membros desta minoria, os tratou sempre como estrangeiros.
"Não vejo que o fluxo de rohingyas tenha parado, normalmente entre 1.000 e 2.000 rohingyas entram em Bangladesh, e essa situação continua", garantiu neste sábado à Agência Efe o secretário do Ministério de Desastres e Assistência bengalês, Shah Kamal.
Kamal, no entanto, evitou fazer qualquer comentário sobre o acordo com as autoridades birmanesas.
Na terça-feira passada, durante uma visita do ministro de Interior bengalês a Mianmar, o governo de Bangladesh afirmou que as autoridades birmanesas tinham aceitado "acabar com o fluxo de cidadãos da Birmânia" foragidos ao outro lado da fronteira.
Um comandante das forças de segurança fronteiriças bengalesas em Teknaf, Ariful Isalm, confirmou hoje à Efe que a chegada a Bangladesh de rohingyas prossegue sem variações à situação prévia ao acordo com Mianmar, com pelo menos "30 ou 40" membros desta minoria que tinham cruzado a fronteira apenas ontem à noite.
"O fluxo não parou (...) Inclusive nem sequer podemos dizer que tenha diminuído", disse à Efe, por sua parte, Zahid Hossain Siddique, representante governamental na cidade de Teknaf, na fronteira com Mianmar e via de chegada de refugiados.
Segundo Siddique, "pelo menos 500 rohingyas" entraram no país ontem a partir de Mianmar por três pontos diferentes na parte mais meridional do país, sobretudo em Baharchara.
"Após o acordo não vemos mudanças no número de rohingyas que entram em Bangladesh", sentenciou Siddique.
No seu último relatório de situação divulgado ontem, o Grupo de Coordenação Intersetorial da ONU cifrou em 605.000 os rohingyas chegados a Bangladesh nos últimos dois meses, no qual não incluía "aproximadamente 1.125" que tinham chegado no dia anterior e que não foram contabilizados porque estavam "ainda em trânsito".
A crise dos rohingyas começou no último dia 25 de agosto, após o ataque de um grupo insurgente desta comunidade muçulmana contra instalações policiais e militares no estado birmanês de Rakhine, no oeste do país, em uma ação que foi respondida pelo exército com uma campanha de repressão que ainda continua.
Mianmar não reconhece os rohingyas como uma comunidade do país e os considera bengaleses, enquanto Bangladesh, onde já antes desta crise viviam 300.000 membros desta minoria, os tratou sempre como estrangeiros.
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