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Disparos da artilharia síria matam mulher em Ghouta após acordo de trégua

25/02/2018 06h29

Cairo, 25 fev (EFE).- Uma mulher morreu neste domingo em decorrência dos disparos de artilharia na região de Ghouta Oriental, reduto opositor na periferia de Damasco, horas depois de o Conselho de Segurança da ONU alcançar um acordo para exigir a cessação imediata das hostilidades.

As forças do regime sírio dispararam nesta manhã contra a cidade de Hamuriya, causando a morte da mulher e ferimentos em outros sete civis, indicou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

A ONG destacou ainda que as localidades de Hush al Dawahra e Al Shifunia foram alvo de barris explosivos lançados por helicópteros das forças governamentais sírias.

Apesar de também ter acontecido combates entre as forças governamentais e o grupo islamita Exército do Islã, a ONG afirmou que a noite passada foi a mais tranquila desde o começo da escalada militar em Ghouta Oriental há uma semana, já que não houve registro de vítimas mortais.

Estes combates, que aconteceram em Al Shifunia, com armas pesadas e metralhadoras, são os primeiros que ocorrem na região desde o início da campanha de bombardeios, no último dia 18.

Desde a primeira hora da manhã de hoje caíram seis mísseis terra-terra em Harasta, outros quatro projéteis em Kafr Badna e Yisrin e outros quatro em Hamuriya, enquanto Al Shifunia foi alvo de dois bombardeios, segundo o Observatório.

O Conselho de Segurança da ONU aprovou ontem à noite uma resolução na qual exige a todas as partes beligerantes uma cessação das hostilidades durante 30 dias em todo o país, incluindo de forma expressa Ghouta Oriental.

No entanto, a resolução exclui do cessar-fogo os grupos terroristas Estado Islâmico (EI) e Organismo de Libertação do Levante, aliança criada em torno da Frente Al Nusra, nome da antiga filial síria da Al Qaeda que, segundo o governo sírio, está presente em Ghouta Oriental.

Em uma semana de intensos ataques aéreos, de artilharia e com mísseis, a região contabilizou a morte de pelo menos 510 pessoas, entre elas 127 menores de idade, segundo os últimos números divulgados pelo Observatório.