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Explosão mata 4 boinas azuis da ONU no Mali

28/02/2018 15h26

Nações Unidas, 28 fev (EFE).- Pelo menos quatro boinas azuis das Nações Unidas morreram e outros quatro ficaram feridos nesta quarta-feira após a explosão de uma bomba durante a passagem de seu veículo, informou a organização.

O balanço de vítimas é, por enquanto, provisório, segundo disse aos jornalistas o porta-voz, Stéphane Dujarric, durante sua entrevista coletiva diária.

Dujarric disse que o secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o ocorrido e enviou suas condolências aos familiares das vítimas.

Segundo a operação das Nações Unidas no Mali (Minusma), uma mina ou uma bomba atingiu o veículo da missão na região de Mopti.

Essa região, situada no centro do país, se viu muito afetada pelo terrorismo jihadista nos últimos anos e é um exemplo da instabilidade e da insegurança que castigam o Mali na atualidade.

A Minusma, que não detalhou a nacionalidade das vítimas, disse que, além dos quatro mortos, há outros quatro feridos em estado grave, que foram evacuados.

O chefe da missão, Mahamat Saleh Annadif, lembrou em comunicado que a Minusma e seus parceiros estão reforçando atualmente seu dispositivo de segurança no centro do Mali.

"Encurralados, os terroristas multiplicam seus ataques de uma baixeza desprezível", afirmou, salientando que as Nações Unidas vão continuar trabalhando com determinação para cumprir sua incumbência.

A ONU tem desdobrados no Mali cerca de 15.000 efetivos, entre militares, policiais e civis.

A missão se transformou nos últimos anos na mais perigosa de todas as que as Nações Unidas mantêm no mundo e sofre de maneira quase contínua ataques dos grupos terroristas vinculados a Al Qaeda que operam no país.

A situação no Mali é instável desde o golpe de Estado de 2012, quando grupos tuaregues rebeldes, junto a organizações jihadistas, tomaram o controle do norte do país durante dez meses.

Os jihadistas foram teoricamente expulsos graças a uma intervenção internacional liderada pela França em janeiro de 2013, mas extensas áreas do país seguem escapando ao controle do Estado, do que se aproveitam grupos terroristas que cometem ataques contra as forças malinesas e soldados da Minusma.