Carta de Deveres e Obrigações proposta por Saramago chega à ONU
Nações Unidas, 26 abr (EFE).- A "Carta Universal dos Deveres e Obrigações dos Seres Humanos", um documento inspirado em um discurso pronunciado em 1998 pelo escritor português José Saramago, foi entregue nesta quinta-feira às Nações Unidas para que todos os cidadãos do mundo conheçam-na.
O texto é o resultado de vários anos de trabalho de acadêmicos, analistas e cidadãos e procura reivindicar a "ética da responsabilidade", explicou à Agência Efe a presidente da Fundação José Saramago e viúva do escritor, Pilar del Río.
Segundo Pilar, a carta complementa a Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada em 1948 pela Assembleia Geral da ONU, e oferece a "simetria" dos deveres.
De fato, seu primeiro artigo afirma que todas as pessoas têm "o dever de cumprir e exigir o cumprimento dos direitos" reconhecidos por essa Declaração.
"Não queremos ser nem medrosos, nem atemorizados, nem resignados, nem indiferentes e para isso temos que cumprir nossos deveres. O primeiro, exigir que se cumpram os direitos", apontou Pilar.
Junto a outros promotores da iniciativa, a jornalista espanhola entregou hoje a Carta a vários membros do alto escalão da ONU, inclusive o secretário-geral, António Guterres.
O texto também foi discutido com embaixadores de países ibero-americanos e o objetivo agora é fazer com que o resto do mundo o conheça, desde personalidades da cultura até governos.
"É um projeto que nasce no âmbito do ibero-americano, mas com vontade universal", ressaltou Pilar.
A Carta é estruturada em 23 artigos que reúnem uma ampla gama de deveres para as pessoas, desde o de não discriminar ao de respeitar a vida, passando por obrigações como o respeito à liberdade ideológica e religiosa e a participação nos assuntos públicos.
A iniciativa surgiu por causa do discurso que Saramago (1922-2010) fez quando recebeu o Prêmio Nobel de Literatura, em 1998, quando disse que os cidadãos, além de defender seus direitos, deveriam reivindicar seus deveres.
"Tomemos então, nós, cidadãos comuns, a palavra, com a mesma veemência com que reivindicamos os direitos, reivindiquemos também o dever de nossos deveres. Talvez assim o mundo possa ser um pouco melhor", disse Saramago.
O escritor português recebeu o Nobel no mesmo ano em que a Declaração Universal dos Direitos Humanos completou 50 anos.
O texto é o resultado de vários anos de trabalho de acadêmicos, analistas e cidadãos e procura reivindicar a "ética da responsabilidade", explicou à Agência Efe a presidente da Fundação José Saramago e viúva do escritor, Pilar del Río.
Segundo Pilar, a carta complementa a Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada em 1948 pela Assembleia Geral da ONU, e oferece a "simetria" dos deveres.
De fato, seu primeiro artigo afirma que todas as pessoas têm "o dever de cumprir e exigir o cumprimento dos direitos" reconhecidos por essa Declaração.
"Não queremos ser nem medrosos, nem atemorizados, nem resignados, nem indiferentes e para isso temos que cumprir nossos deveres. O primeiro, exigir que se cumpram os direitos", apontou Pilar.
Junto a outros promotores da iniciativa, a jornalista espanhola entregou hoje a Carta a vários membros do alto escalão da ONU, inclusive o secretário-geral, António Guterres.
O texto também foi discutido com embaixadores de países ibero-americanos e o objetivo agora é fazer com que o resto do mundo o conheça, desde personalidades da cultura até governos.
"É um projeto que nasce no âmbito do ibero-americano, mas com vontade universal", ressaltou Pilar.
A Carta é estruturada em 23 artigos que reúnem uma ampla gama de deveres para as pessoas, desde o de não discriminar ao de respeitar a vida, passando por obrigações como o respeito à liberdade ideológica e religiosa e a participação nos assuntos públicos.
A iniciativa surgiu por causa do discurso que Saramago (1922-2010) fez quando recebeu o Prêmio Nobel de Literatura, em 1998, quando disse que os cidadãos, além de defender seus direitos, deveriam reivindicar seus deveres.
"Tomemos então, nós, cidadãos comuns, a palavra, com a mesma veemência com que reivindicamos os direitos, reivindiquemos também o dever de nossos deveres. Talvez assim o mundo possa ser um pouco melhor", disse Saramago.
O escritor português recebeu o Nobel no mesmo ano em que a Declaração Universal dos Direitos Humanos completou 50 anos.
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