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Antes de cúpula, Trump afirma que financiamento da Otan é "injusto"

09/07/2018 09h52

Washington, 9 jul (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o sistema de financiamento da Otan, no qual o país americano é o maior contribuinte, "não é justo e nem aceitável", a dois dias da realização da cúpula de líderes da organização, que acontecerá em Bruxelas.

"Os Estados Unidos estão gastando muito mais na Otan do que qualquer outro país. Isto não é justo e nem aceitável. Apesar destes países terem aumentado suas contribuições desde que assumi o cargo, devem fazer muito mais", afirmou Trump em sua conta oficial do Twitter.

Trump chegará na noite de terça-feira a Bruxelas para participar nos dois dias seguintes na cúpula de líderes da Otan, antes de viajar para o Reino Unido e concluir a excursão europeia em 16 de julho em Helsinque, onde se reunirá com o líder russo, Vladimir Putin.

Em um tweet, o líder americano criticou que a Alemanha destine unicamente 1% de seu PIB nacional à despesa em defesa dos membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), enquanto os EUA, segundo Trump, contribuem com 4% de seu PIB.

Além disso, disse que a Otan "beneficia muito mais" a Europa do que os Estados Unidos, que "está pagando 90%" das contas desta aliança militar intergovernamental.

Embora Trump tenha moderado sua posição desde a chegada à Casa Branca, manteve duras críticas contra os membros da Otan que não chegam ao compromisso de despesa em defesa de 2% do Produto Interno Bruto (PIB).

Por outro lado, o governante se queixou que a União Europeia (UE) tenha um superávit comercial de US$ 151 milhões com os Estados Unidos e que imponha "grandes barreiras comerciais" aos produtos americanos.

Nos últimos meses, Trump impôs tarifas de 25% e 10% às importações de aço e alumínio da UE, respectivamente, e ameaçou configurar encargos de 20% a todos os veículos europeus.

As declarações de hoje foram ditas dois dias antes da cúpula de líderes que será realizada entre os dias 11 e 12 de julho em Bruxelas, que, segundo disse há meses o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, deveria servir para "reforçar" o vínculo entre América do Norte e a Europa.