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Trump diz que membros da Otan aumentaram contribuição somente graças a ele

17/07/2018 13h46

Washington, 17 jul (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira que os membros da Otan aumentaram em US$ 33 bilhões a contribuição à Aliança Atlântica "somente graças" ao seu empenho, um dado que foi questionado por vários veículos de imprensa americanos.

"(Os aliados da Otan) pagaram US$ 33 bilhões a mais e pagarão centenas de bilhões de dólares a mais no futuro, somente graças a mim", disse hoje Trump em sua conta do Twitter.

O presidente não mencionou de onde procedia esse cálculo ao fazer esta afirmação, embora pareça ter se referido à despesa adicional em defesa por parte dos membros da Otan no último ano.

De acordo com a quantia estimada em um relatório da Otan de 10 de julho, que detalha as despesas em defesa para os países-membros, veículos de imprensa americanos calcularam que outros países agregaram cerca de US$ 33 bilhões à sua contribuição.

No entanto, ao contabilizar a inflação e as taxas de câmbio, esses veículos de imprensa, entre eles o "The New York Times", estimaram que o número seria rebaixado até os US$ 11 bilhões.

"A Otan era frágil, mas agora é forte outra vez (ruim para a Rússia). Os veículos de imprensa só dizem que fui mal-educado com os líderes, nunca mencionam o dinheiro!", acrescentou o líder em seu tweet.

Trump já havia dito em entrevista coletiva há poucos dias ter promovido o aumento do investimento em defesa entre os membros da Otan e afirmou que os aliados europeus e o Canadá "reforçaram o compromisso" com a despesa militar "como nunca tinham feito antes".

No entanto, na reunião de líderes da Aliança que terminou na quinta-feira em Bruxelas, não foram alcançados novos compromissos sobre os níveis de despesa em defesa, além de reafirmar o pactuado na cúpula de Gales de 2014, onde os países membros decidiram destinar em uma década 2% de seu PIB às Forças Armadas em conjunto.

Trump encerrou na segunda-feira sua excursão europeia, que o levou a se reunir com os líderes da Otan, visitar o Reino Unido para um encontro com a primeira-ministra britânica, Theresa May, e viajar até Helsinque para a primeira cúpula bilateral com o líder russo, Vladimir Putin.