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X Cúpula do BRICS começa hoje em Johanesburgo, na África do Sul

25/07/2018 06h09

Johanesburgo, 25 jul (EFE).- A X Cúpula do bloco de potências emergentes BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) começou nesta quarta-feira, em Johanesburgo, com a abertura de um fórum econômico com a presença de líderes e mais de mil delegados desses países.

O ministro do Comércio e Indústria da África do Sul, Rob Davies, foi o encarregado de inaugurar o fórum no Centro de Conferências de Sandton, no centro financeiro de Johanesburgo.

Os presidentes da África do Sul, Cyril Ramaphosa; Brasil, Michel Temer; China, Xi Jinping; assim como o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, discursarão mais tarde.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não participará dessa sessão, mas tem presença garantida na reunião em Johanesburgo, amanhã, confirmaram à Agência Efe fontes da organização.

A cúpula do BRICS, que representa 43% da população mundial e 26% do Produto Interno Bruto (PIB) do planeta, acontece em um contexto internacional influenciado pela política unilateral e protecionista dos Estados Unidos, que não compartilha do bloco.

No discurso de abertura do fórum de negócios, Davies destacou o "enorme crescimento" da economia do BRICS nos "últimos anos", pois passou em uma década de 12% para 26% do PIB mundial.

"Não é um segredo que vivemos tempos de turbulências" no panorama internacional, afirmou o ministro sul-africano ao ressaltar que "é um momento de crise para o sistema de comércio".

"Temos que aprofundar e fortalecer a colaboração em nossos países", disse o ministro.

Como anfitriã e atual presidente do BRICS, a África do Sul, que recebe pela segunda vez a cúpula do bloco, convidou vários países de seu continente para a reunião para construir pontes e que essas nações se beneficiem do relacionamento com as cinco potências.

Além disso, estão convidados outros países dentro da iniciativa "BRICS Plus", promovida pelo bloco para aumentar a cooperação entre países emergentes.

Uns desses países é a Argentina, que exerce a presidência rotativa do G20 e cujo presidente, Mauricio Macri, chegará amanhã a Johanesburgo.