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Cazaquistão acolherá conferência contra testes nucleares

28/08/2018 13h20

Astana, 28 ago (EFE).- Por conta do Dia Internacional contra os Testes Nucleares, o Cazaquistão acolherá na quarta-feira uma conferência centrada no papel do desarmamento nuclear e a não-proliferação deste tipo de armas na construção de paz mundial.

O evento, realizado sob o lema "Lembrando a passagem, olhando para o futuro", contará com a participação de representantes governamentais e membros da Organização do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares (CTBT, pela sigla em inglês).

O secretário-executivo da CTBT, Lassina Zerbo; o ministro de Relações Exteriores cazaque, Kairat Abdrakhmanov, e o presidente do Senado cazaque, Kassym-Jomart Tokáyev, serão os encarregados de inaugurar a conferência.

Além disso, o presidente cazaque, Nursultan Nazarbayev, presidirá a cerimônia de abertura do Muro da Paz, um moderno elemento arquitetônico inspirado no fechamento do polígono de testes nucleares de Semipalatinsk há 25 anos.

Na véspera da conferência, foi apresentado hoje um selo comemorativo dedicado ao Projeto ATOM, uma campanha internacional para informar sobre a devastação humana e meio ambiental causadas pelos testes nucleares e assim como conseguir sua proibição.

Em um evento na capital cazaque, o embaixador honorário da organização, Karipbek Kuyukov, que nasceu sem braços por culpa da radiação dos testes nucleares soviéticos; o vice-ministro de Relações Exteriores cazaque, Roman Vassilenko, e o diretor-gerente de Kazpost, Baurzhan Ainabékov, apresentaram o selo, que custará 300 tenge (0,71 euro).

Sob o mandato de Nazarbayev, o Cazaquistão renunciou a todas as armas nucleares da era soviética, destruiu o campo de testes nucleares de Semipalatinsk e se uniu ao Tratado de Não-Proliferação nuclear como Estado não possuidor de armas atômicas.

O CTBT foi aprovado pela Assembleia Geral da ONU em 1996 e tem como objetivo proibir todos os testes nucleares sob qualquer circunstância.

Até o momento, o acordo foi assinado por 183 Estados e ratificado por 166, mas não entrará em vigor até que Estados Unidos, China, Egito, Israel, Irã, Índia, Paquistão e Coreia do Norte se adscrevam a ele novamente.

Em 6 de dezembro de 2006, a Assembleia Geral da ONU adotou uma resolução na qual destacava a necessidade de assinar e ratificar o CTBT. Esta resolução foi apoiada por 172 países e só dois votaram contra: Estados Unidos e Coreia do Norte.