Putin dá por feita a saída dos EUA do tratado de desarmamento INF
Moscou, 24 out (EFE).- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, considerou nesta quarta-feira que é praticamente certa a saída dos Estados Unidos do tratado de eliminação de mísseis nucleares de médio e curto alcances (INF, na sigla em inglês), que é considerado a pedra fundamental da segurança europeia.
O Congresso americano já atribuiu recursos para o desenvolvimento de mísseis desse tipo, "o que significa que a decisão já está tomada", comentou Putin em uma entrevista coletiva oferecida após reunião com o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte.
Putin advertiu que, se depois que os EUA renunciaram ao tratado antimísseis eles também deixarem o INF, enquanto a prorrogação do Start-3 - que limita o armamento estratégico ofensivo - ainda estiver no ar, isto representará uma situação "extremamente perigosa".
"Se tudo isso for desmontado, então não restará nada em matéria de limitação de armamento (...), o resultado será uma corrida armamentista", disse o presidente russo.
Quanto à possível resposta da Rússia, Putin ressaltou que esta será "muito rápida e efetiva".
"No que se refere à Europa, a principal questão, se finalmente os EUA deixarem o tratado INF, é o que será feito com os novos mísseis. Se forem instalados na Europa, então, nós deveremos responder de maneira simétrica", comentou o chefe de Estado russo.
Além disso, Putin advertiu que "os países europeus que aceitarem isso, se chegar a esse ponto, devem entender que colocarão em perigo o seu próprio território sob a ameaça de um possível ataque de resposta. É algo evidente".
Contudo, o presidente russo insistiu que não vê "nenhum motivo" para colocar o continente em uma situação de "tão alto grau de periculosidade", já que, neste caso, isto seria um retorno à situação dos anos 1980, quando os mísseis americanos de alcance médio Pershing posicionados na Europa podiam atingir os pontos vitais da extinta URSS em apenas alguns minutos.
Putin voltou a negar que Moscou esteja violando o tratado INF e considerou que essas acusações são uma "desculpa" alegada por Washington para justificar sua saída do primeiro tratado de desarmamento da Guerra Fria.
Além de lembrar que a Casa Branca nunca apresentou provas de tais violações, Putin garantiu que os EUA foram o primeiro a infringir o acordo ao colocar na Romênia elementos estratégicos do escudo antimísseis como o sistema de combate Aegis.
Segundo o presidente russo, "em questão de horas" tais sistemas podem passar de um armamento defensivo para ofensivo, apenas com uma modificação em seu software.
Em seguida, Putin manifestou seu desejo de abordar esse assunto com o presidente dos EUA, Donald Trump, em 11 de novembro em Paris, onde ambos se reunirão nos atos comemorativos do centenário do fim da Primeira Guerra Mundial.
"Estamos dispostos a trabalhar com nossos sócios americanos sem qualquer tipo de histeria", afirmou o líder russo.
Trump disse em duas ocasiões nos últimos dias que os EUA planejam deixar o INF e aumentar seu potencial nuclear se Rússia e China não atenderem às suas razões.
Sobre essa questão, o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, John Bolton, garantiu ontem em entrevista coletiva, depois de se reunir com Putin, que Washington anunciará "no devido momento" a saída do INF, um tratado que ele tachou de "obsoleto".
O Congresso americano já atribuiu recursos para o desenvolvimento de mísseis desse tipo, "o que significa que a decisão já está tomada", comentou Putin em uma entrevista coletiva oferecida após reunião com o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte.
Putin advertiu que, se depois que os EUA renunciaram ao tratado antimísseis eles também deixarem o INF, enquanto a prorrogação do Start-3 - que limita o armamento estratégico ofensivo - ainda estiver no ar, isto representará uma situação "extremamente perigosa".
"Se tudo isso for desmontado, então não restará nada em matéria de limitação de armamento (...), o resultado será uma corrida armamentista", disse o presidente russo.
Quanto à possível resposta da Rússia, Putin ressaltou que esta será "muito rápida e efetiva".
"No que se refere à Europa, a principal questão, se finalmente os EUA deixarem o tratado INF, é o que será feito com os novos mísseis. Se forem instalados na Europa, então, nós deveremos responder de maneira simétrica", comentou o chefe de Estado russo.
Além disso, Putin advertiu que "os países europeus que aceitarem isso, se chegar a esse ponto, devem entender que colocarão em perigo o seu próprio território sob a ameaça de um possível ataque de resposta. É algo evidente".
Contudo, o presidente russo insistiu que não vê "nenhum motivo" para colocar o continente em uma situação de "tão alto grau de periculosidade", já que, neste caso, isto seria um retorno à situação dos anos 1980, quando os mísseis americanos de alcance médio Pershing posicionados na Europa podiam atingir os pontos vitais da extinta URSS em apenas alguns minutos.
Putin voltou a negar que Moscou esteja violando o tratado INF e considerou que essas acusações são uma "desculpa" alegada por Washington para justificar sua saída do primeiro tratado de desarmamento da Guerra Fria.
Além de lembrar que a Casa Branca nunca apresentou provas de tais violações, Putin garantiu que os EUA foram o primeiro a infringir o acordo ao colocar na Romênia elementos estratégicos do escudo antimísseis como o sistema de combate Aegis.
Segundo o presidente russo, "em questão de horas" tais sistemas podem passar de um armamento defensivo para ofensivo, apenas com uma modificação em seu software.
Em seguida, Putin manifestou seu desejo de abordar esse assunto com o presidente dos EUA, Donald Trump, em 11 de novembro em Paris, onde ambos se reunirão nos atos comemorativos do centenário do fim da Primeira Guerra Mundial.
"Estamos dispostos a trabalhar com nossos sócios americanos sem qualquer tipo de histeria", afirmou o líder russo.
Trump disse em duas ocasiões nos últimos dias que os EUA planejam deixar o INF e aumentar seu potencial nuclear se Rússia e China não atenderem às suas razões.
Sobre essa questão, o conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, John Bolton, garantiu ontem em entrevista coletiva, depois de se reunir com Putin, que Washington anunciará "no devido momento" a saída do INF, um tratado que ele tachou de "obsoleto".
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