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Na Argentina, Trump se reúne com Macri e diz que terá dias "muito ocupados"

Donald Trump e Mauricio Macri na Casa Rosada, sede do governo argentino - Pablo Martinez Monsivais/AP
Donald Trump e Mauricio Macri na Casa Rosada, sede do governo argentino Imagem: Pablo Martinez Monsivais/AP

Em Buenos Aires

30/11/2018 08h40

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou nesta sexta-feira (30) à Casa Rosada, sede do Governo da Argentina, para uma reunião com o presidente da Argentina, Mauricio  Macri.

Levado do hotel onde se hospeda, no bairro de Recoleta e em meio a um forte esquema de segurança, Trump chegou ao palácio do Governo, situado na Praça de Maio, às 7h23 (8h23 em Brasília), onde já o esperava Macri, a quem conhece há anos pelo passado de ambos como empresários.

"Estamos muito contentes de tê-lo aqui no nosso país. É um grande momento para agradecer o enorme apoio recebido por parte dos Estados Unidos e do seu Governo, especialmente neste último ano onde estamos atravessando momentos difíceis", disse o presidente argentino a Trump em um saudação oficial na Casa Rosada.

O chefe de Estado argentino destacou como exemplo a ajuda recebida pelos EUA para o acordo ao qual chegou seu governo com o FMI (Fundo Monetário Internacional), com o que o país "começou a construir outra vez um futuro melhor" depois da forte desvalorização do peso e de outros desequilíbrios que desencadearam uma forte recessão.

"Há anos que sou amigo de Mauricio, era um homem muito jovem, muito elegante, nos conhecemos muito bem. Fiz negócios com o seu pai, excelente, muito bom amigo meu", lembrou o presidente dos EUA. Macri lembrou, entre risos, que demorou 30 anos "para conseguir" convencer Trump a vir à América Latina. "Tivemos que esperar que fosse presidente e que eu fosse também para conseguir", afirmou.

Dias "muito ocupados"

Ao chegar na Argentina, Trump afirmou que sua passagem para participar do G20 será "muito produtiva"

"Cheguei à Argentina para dois dias muito ocupados. Reuniões importantes programadas. O nosso grande país está muito bem representado. Será muito produtivo!", escreveu o governante na sua conta do Twitter, pouco depois de pisar em solo argentino na sua primeira visita à América Latina desde que chegou ao poder em 2017.

Por outro lado, o presidente americano cancelou a reunião que pretendia realizar no sábado com seu colega russo, Vladimir Putin, devido às detenções de navios ucranianos por parte de Moscou no mar Negro.

"Dado o fato de que os navios e os marinheiros não foram devolvidos à Ucrânia pela Rússia, decidi que o melhor para todas as partes é cancelar a reunião prevista na Argentina com o presidente Vladimir Putin", escreveu Trump no Twitter nesta quinta (29). 

Agenda de Trump na Argentina

Trump chegou à Argentina junto com sua esposa, Melania, sua filha e assessora, Ivanka Trump, e seu genro e assessor, Jared Kushner; além do secretário de Estado, Mike Pompeo, e o chefe de gabinete da Casa Branca, John Kelly, entre outros.

Sua passagem na capital argentina estará marcada, além de pelo seu papel na cúpula com seus homólogos das 20 maiores economias em desenvolvimento e emergentes, por sua reunião prevista para o sábado com o presidente da China, Xi Jinping, na qual podem alcançar um acordo que freie a guerra comercial entre os dois países.

Trump também terá reuniões bilaterais nesta sexta-feira com o presidente argentino, Mauricio Macri, e se espera que participe da assinatura do novo acordo comercial entre EUA, México e Canadá, conhecido como T-MEC.

Outros líderes com os quais conversará em privado serão a chanceler alemã, Angela Merkel; os primeiros-ministros do Japão, Shinzo Abe, e da Índia, Narendra Modi; e os presidentes sul-coreano, Moon Jae-in, e turco, Recep Tayyip Erdogan.