Governadores chavistas rejeitam posse de Guaidó e respaldam Maduro
Caracas, 24 jan (EFE).- Os governadores de 19 dos 23 estados da Venezuela, todos pertencentes ao governante Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), rejeitaram nesta quinta-feira a autoproclamação do líder do parlamento, Juan Guaidó, como presidente em exercício e "cerraram fileiras" em torno de Nicolás Maduro.
"É a Constituição venezuelana a que determina como e onde se juramenta um presidente (...) não são poderes fáticos ou poderes estrangeiros, portanto. Para ser presidente é preciso ser eleito pelo povo e cumprir as formas que determina a Constituição", assinalaram os governadores em comunicado.
O documento, que foi lido pelo governador do estado de Miranda, Héctor Rodríguez diante das câmeras da emissora estatal "VTV", afirma que "nenhuma autoridade estrangeira" tem atribuições para decidir quem são os governantes da Venezuela, onde "manda única e exclusivamente o povo venezuelano".
Dessa forma, ratificam o compromisso com a Constituição "que determina com muita clareza quais são as regras do jogo" e o seu apoio absoluto "ao presidente que o povo da Venezuela elegeu" e todas as suas ações políticas e diplomáticas.
Igualmente as autoridades regionais rejeitam que "a oposição interna e externa" tente mais uma vez "deslocar e despedaçar a república para entregá-la a quem apetecem as nossas colossais riquezas naturais".
O pronunciamento dos governadores acontece um dia depois que Guaidó anunciou que, acolhendo-se à Constituição, decidiu autoproclamar-se presidente interino.
Também hoje, a Força Armada Nacional Bolivariana da Venezuela disse em comunicado lido pelo ministro da Defesa, Vladimir Padrino, que não aceitará um "presidente autoproclamado" nem se subordinará "a uma potência estrangeira", e que rejeitam os "grosseiros atos de ingerência" de alguns governos.
Além disso, Padrino denunciou um "golpe de Estado" ao se referir à autoproclamação de Guaidó, um fato que considerou "reprovável".
Nesse sentido, generais encarregados da defesa de diferentes regiões da Venezuela mostraram seu apoio e "lealdade absoluta" a Maduro, a quem ratificam como comandante-em-chefe das forças armadas. EFE
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