EUA pedem proteção a Guaidó e anunciam ajuda de US$ 20 mi à Venezuela
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, pediu nesta quinta-feira (24) às forças de segurança proteção ao autoproclamado presidente venezuelano, Juan Guaidó, e anunciou US$ 20 milhões em ajuda humanitária "para o povo" da Venezuela.
"Pedimos às forças de segurança da Venezuela que protejam a segurança e integridade pessoal de Juan Guaidó", disse Pompeo, que discursou diante do Conselho Permanente da OEA (Organização de Estados Americanos), com sede em Washington e reunido de maneira extraordinária para debater sobre a Venezuela.
Além disso, "hoje anuncio que os EUA estão prontos para dar mais de US$ 20 milhões em assistência humanitária para o povo da Venezuela", indicou.
Pompeo, além disso, pediu aos membros da OEA que reconheçam Guaidó como o presidente "legítimo" venezuelano e solicitou uma reunião regional dos ministros das Relações Exteriores dos países do continente para tomar uma decisão sobre a Venezuela.
"É hora de a OEA, como instituição por completo, reconhecer Guaidó. Todos os membros da OEA devem estar alinhados com a democracia e o resto com o Estado de Direito", disse Pompeo, que considerou que o tempo para o "debate" acabou e é hora de adotar ações diante de um "regime moralmente falido".
O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, foi o primeiro a reconhecer o chefe do Parlamento Juan Guaidó como governante legítimo da Venezuela, seguido por vários países do continente, entre eles Brasil, Argentina, Colômbia e Equador.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reagiu às medidas dos EUA com a ruptura de relações diplomáticas e a ordem de expulsar os funcionários da embaixada americana em Caracas, ato ao qual Washington respondeu dizendo que manterá seus diplomatas na Venezuela porque não reconhece a legitimidade de Maduro.
"O regime do antigo presidente Maduro é ilegítimo, todas as suas declarações são ilegítimas", reiterou hoje Pompeo.
O secretário de Estado iniciou seu discurso declarando os EUA como "amigo" do povo da Venezuela e lembrou as pessoas que morreram nos últimos dias em protestos no país.
Quando Pompeo terminou de falar, uma mulher se levantou e exibiu um cartaz enquanto, a gritos, acusava os EUA de terem dado "um golpe de Estado" no país caribenho.
A mulher foi retirada da sala onde é realizada a reunião pela equipe de segurança da OEA.
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