Adido militar da Venezuela nos EUA anuncia apoio a Guaidó
Washington, 26 jan (EFE).- O coronel José Luis Silva Silva, até agora adido militar da embaixada da Venezuela em Washington, anunciou apoio ao chefe da Assembleia Nacional (AN, Parlamento), Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino do país na quarta-feira.
"Eu, na minha posição de adido da Defesa da Venezuela nos Estados Unidos, não reconheço o senhor Nicolás Maduro como presidente da Venezuela", disse Silva em entrevista por telefone ao jornal "El Nuevo Herald", de Miami.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, e cuja autenticidade não pôde ser verificada pela Agência Efe, Silva expressa "apoio ao roteiro do presidente encarregado Juan Guaidó".
A Casa Branca elogiou a decisão do coronel através de uma mensagem publicada no Twitter pelo porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Garrett Marquis.
"O adido militar venezuelano em (Washington) D. C. acaba de confirmar sua lealdade constitucional ao presidente interino, Juan Guaidó. Um exemplo de que o papel dos militares é proteger a ordem constitucional e não manter ditadores que reprimem seu próprio povo. Encorajamos outros a fazer o mesmo", afirmou Marquis.
O chefe de Estado da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou na quarta-feira a ruptura de relações com os EUA e, como consequência, ordenou o fechamento dos consulados venezuelanos no país e o retorno, novamente, dos funcionários diplomáticos.
Não está claro se o coronel Silva deixou o cargo, dado que no vídeo divulgado nas redes sociais aparece com o uniforme militar, e em sua entrevista ao jornal de Miami se definiu como agregado de Defesa.
O coronel da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) decidiu romper com Maduro ao opinar que o Governo "traiu os princípios mais básicos e se vendeu aos interesses de outros países", e pediu que outros militares venezuelanos sigam seu exemplo.
"Já! Deixemos de lado a usurpação de nosso território e de nosso poder executivo. Os líderes estão milionários às custas do povo. Capitães, comandantes: tenham presentes todos os que sofrem", disse Silva ao "Nuevo Herald".
"Já está bom. Reconheçamos aquele que realmente por lei é o verdadeiro presidente da Venezuela, Juan Guaidó", continuou.
O militar afirmou que "muitos diplomatas" venezuelanos nos EUA "não estão de acordo com a usurpação de Maduro, mas sempre têm o temor do que poderia acontecer com suas famílias na Venezuela e a incerteza do que poderia ocorrer com eles mesmos em um país estrangeiro".
Guaidó se autoproclamou presidente encarregado na quarta-feira diante de centenas de milhares de venezuelanos que não reconhecem o segundo mandato de Maduro, que foi reeleito em um pleito tachado de fraudulento e também não reconhecido por vários países.EFE
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