EUA elevam alerta sobre Venezuela e não recomendam viagens ao país
O governo dos Estados Unidos recomendou nesta terça-feira (29) que seus cidadãos não viajem para a Venezuela devido à "criminalidade" e à possibilidade de "detenções arbitrárias", depois que foram anunciadas novas sanções econômicas contra o governo de Nicolás Maduro, que não reconhece como governante legítimo.
"Não viajem para a Venezuela devido à criminalidade, ao mal-estar social, a uma pobre infraestrutura de saúde e à detenção arbitrária de cidadãos americanos", indicou o Departamento de Estado americano em comunicado.
Além disso, advertiu que "as manifestações políticas frequentemente geram uma contundente resposta das forças de segurança e da polícia que inclui o uso de gás lacrimogêneo, gás de pimenta, canhões de água e balas de borracha, e que às vezes desembocam em saques e vandalismo".
O novo alerta de viagem substitui o emitido no último dia 24 de janeiro, no qual recomendava aos americanos que residam ou estejam viajando na Venezuela "considerar seriamente" deixar o país "enquanto os voos comerciais sigam disponíveis".
Por sua parte, a embaixada dos EUA em Caracas permanecerá aberta, embora com "capacidade limitada para fornecer serviços de emergência aos cidadãos americanos na Venezuela".
O presidente americano, Donald Trump, reconheceu na semana passada o líder do parlamento da Venezuela, Juan Guaidó, que se autoproclamou governante em exercício, como presidente legítimo do país.
Neste final de semana, Maduro afirmou que tinha retirado do país "o pessoal da missão diplomática americana em Caracas", e que seu governo deu a Washington um prazo de 30 dias para negociar com eles o estabelecimento de um escritório de interesses na Venezuela.
Tal escritório substituiria a embaixada e serviria apenas para "atender trâmites migratórios e outros temas de interesse bilateral", dada a falta de relações diplomáticas.
No entanto, o Departamento de Estado dos EUA deixou entrever que não planeja manter essas negociações com Maduro, já que a autoridade que reconhece como presidente legítimo é Guaidó. EFE
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