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UE anuncia abertura de escritório e 5 milhões de euros de ajuda à Venezuela

30.jan.2019 - Protesto contra o presidente da Venezuela Nicolás Maduro convocado pelo líder oposicionista e autoproclamado presidente Juan Guaidó - YURI CORTEZ / AFP
30.jan.2019 - Protesto contra o presidente da Venezuela Nicolás Maduro convocado pelo líder oposicionista e autoproclamado presidente Juan Guaidó Imagem: YURI CORTEZ / AFP

Em Bruxelas (Bélgica)

05/02/2019 12h32

A Comissão Europeia anunciou nesta terça-feira (5) a abertura de um escritório humanitário em Caracas para atender melhor às necessidades dos venezuelanos afetados pela crise do país e o envio de 5 milhões de euros em ajuda emergencial.

"Para facilitar a ajuda no terreno, a União Europeia (UE) tem a intenção de abrir um escritório humanitário em Caracas. Ajudar as pessoas em necessidade é uma prioridade para nosso bloco", disse Margaritis Schinas, porta-voz do presidente da Comissão Europeia.

Com o montante anunciado hoje, a UE destinou 39 milhões de euros desde o ano passado em ajuda humanitária para atenuar os efeitos da crise enfrentada pela Venezuela.

"Estamos acelerando nossa ajuda emergencial para ajudar os mais vulneráveis que não têm acesso a alimentos, remédios e serviços básicos, aos que se foram obrigados a deixar suas famílias", afirmou o comissário europeu de Ajuda Humanitária, Christos Stylianides.

Para facilitar a distribuição dos itens por parceiros na Venezuela, especialmente as agências da ONU, o bloco tem a intenção de abrir uma unidade do Escritório Europeu de Ajuda Humanitária (Echo) na capital venezuelana. O órgão deve ficar na sede da representação diplomática que a UE já possui em Caracas.

Até então, a ajuda humanitária enviada pela UE à Venezuela era administrada pelas unidades do Echo em Manágua ou Bogotá. Os produtos também eram distribuídos via ONGs ou agências da ONU.

Fontes da União Europeia disseram que os agentes que trabalham na Venezuela relataram que o trabalho não tem sido fácil.

O objetivo da UE é fornecer ajuda para atender às necessidades mais urgentes dos afetados pela crise na Venezuela. Faltam alimentos e remédios no país, que também sofre com desabastecimento de água e interrupções no serviço elétrico.

Parte do dinheiro foi destinada a ajudar os acampamentos de venezuelanos montados em diferentes países do exterior.