Bulgária investiga transferências milionárias da estatal venezuelana PDVSA
Sófia, 13 fev (EFE).- O Ministério Público da Bulgária anunciou nesta quarta-feira o bloqueio das contas bancárias de um advogado búlgaro às quais a companhia petrolífera estatal venezuelana PDVSA transferiu milhões de dólares.
O anúncio foi feito em entrevista coletiva pelo procurador-geral da Bulgária, Sotir Tsatsarov, e o diretor da Agência de Segurança Nacional, Dimitar Georgiev.
"Através das contas que ele administrava foram feitas várias transferências para bancos em países terceiros e as razões destas transferências não têm nada a ver com a atividade de um advogado", disse Tsatsarov.
Por não existir nenhuma justificativa para essas transferências, o procurador-geral explicou que está sendo investigado um possível caso de lavagem de dinheiro.
As informações para esta investigação foram proporcionadas pelas autoridades dos Estados Unidos, que impuseram sanções adicionais à PDVSA no final de janeiro.
Tsatsarov não deu mais detalhes sobre o montante transferido nem sobre a identidade do proprietário da conta em uma entidade financeira de pequeno porte.
Segundo o procurador, a agência estatal de contraespionagem iniciou investigações em todo o sistema bancário búlgaro para detectar outras possíveis transferências a partir da Venezuela depois de surgir este caso.
O anúncio dos bloqueios destas contas aconteceu depois de uma reunião do primeiro-ministro da Bulgária, Boiko Borisov, com o embaixador dos EUA, Eric Rubin, na sede do governo.
"O governo americano trabalha de forma muito estreita com a Bulgária e os demais membros da União Europeia (UE) para garantir que a riqueza da Venezuela não seja roubada", disse Rubin aos jornalistas.
Tanto os EUA quanto a Bulgária reconhecem como presidente legítimo da Venezuela o líder opositor Juan Guaidó, que se autoproclamou para o cargo em 23 de janeiro, ao invocar dois artigos da Constituição venezuelana.
As sanções à PDVSA impostas pelos EUA têm como objetivo sufocar economicamente a Venezuela, que extrai da indústria petrolífera quase 96% de suas receitas. EFE
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