ONU diz que Coreia do Norte viola sanções e que programa nuclear está intacto
Nações Unidas, 12 mar (EFE).- A Coreia do Norte está violando de forma constante as sanções internacionais contra o país, mantendo intacto o programa nuclear desenvolvido pelo regime de Kim Jong-un.
As afirmações são de um relatório divulgado nesta terça-feira, elaborado por especialistas da ONU. Segundo o documento, a Coreia do Norte está desafiando as sanções do Conselho de Segurança com o "aumento em massa das transferências ilegais de produtos derivados do petróleo e do carvão embarcado por avião".
"Essas violações tornam ineficazes as sanções mais recentes", afirmou o documento, citando as punições aplicadas ao país.
Os especialistas da ONU ainda afirmaram que, sem saber, bancos e companhias de seguro do mundo todo seguem facilitando esses pagamentos, dando cobertura aos navios envolvidos nas violações.
As transferências de petróleo e carvão entre embarcações, uma técnica utilizada pela Coreia do Norte para evitar as sanções, dispararam em 2018, segundo a ONU. Foram realizadas operações bilionárias e ilegais desde então, em número cada vez maior.
A Coreia do Norte segue violando o embargo de armas imposto pela comunidade internacional, tentando fornecer equipamentos militares os rebeldes houthis do Iêmen. Líbia e Sudão também seriam destinos dos armamentos, negociados por intermediários.
O relatório diz que as restrições financeiras impostas pelo Conselho de Segurança foram aplicadas de maneira deficiente e são evitadas pelo regime de Pyongyang com facilidade.
As várias sanções impostas há anos pela ONU contra o país visam pressionar o governo de Kim Jong-un a desistir do programa nuclear.
Para grande parte dos integrantes do Conselho de Segurança, as sanções foram fundamentais para levar Kim a negociar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A última cúpula entre os dois, realizada em Hanói, no entanto, terminou sem acordo sobre a desnuclearização.
Após o fracasso da reunião, fotos por satélite mostraram atividade em uma instalação de mísseis na Coreia do Norte, o que aumenta as chances de Kim estar preparando um novo teste de mísseis, colocando em risco a sequência do diálogo com os EUA. EFE
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