Filha e genro de Trump usaram e-mails pessoais para assuntos da Casa Branca
Ivanka Trump, filha e assessora do presidente americano, Donald Trump, e seu marido, Jared Kushner, usaram seus e-mails pessoais e o aplicativo de mensagens WhatsApp para assuntos relacionados com a Casa Branca, segundo revelou nesta quinta-feira um comitê da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.
O advogado do casal, Abbe Lowell, confirmou ao presidente do Comitê de Supervisão e Reforma da Câmara, o democrata Elijah Cummings, que Kushner utilizou o Whatsapp para se comunicar com líderes internacionais.
Além disso, explicou que Ivanka Trump recebe mensagens oficiais em sua conta particular de e-mail e que, em muitos casos, não os reenvia à sua conta oficial, tal como determina a Lei de Registros Presidenciais e Política da Casa Branca.
Cummings enviou hoje uma carta ao advogado principal da Casa Branca, Pat Cipollone, para pedir explicações sobre este assunto e esclarecer se, efetivamente, Ivanka Trump e Kushner infringiram a lei.
Nessa carta, Cummings lembrou que os assessores da Casa Branca e o presidente e o vice-presidente dos EUA são proibidos de usar "contas de mensagens eletrônicas não oficiais" a menos que juntem cópias da sua atividade ou reenviem as mensagens às suas contas oficiais em um prazo de 20 dias.
De acordo com seu relato, nem Ivanka Trump nem Kusnher atuaram como determina a lei de comportamento da Casa Branca, razão pela qual pediu a Cipollone que envie ao comitê que dirige toda a informação relacionada com esta questão antes do próximo dia 4 de abril.
Entre outras solicitações, Cummings reivindicou os números de telefone e nomes de contas eletrônicas "não oficiais" usados para tratar temas que envolvem a Casa Branca e documentação que demonstre se a informação compartilhada nessas mensagens era "sensível ou confidencial".
Um porta-voz da Casa Branca, Steven Groves, confirmou à Efe que receberam a carta de Cummings hoje e garantiu que a resposta será dada no prazo solicitado.
"Da mesma forma que com todas as solicitações de supervisão devidamente autorizada, a Casa Branca revisará a carta e proporcionará uma resposta razoável em seu devido tempo", destacou Groves.
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