Papa critica países que fabricam armas e depois não acolhem refugiados de conflitos
O papa Francisco denunciou os países que fabricam armas e depois não querem amparar os refugiados dos conflitos bélicos, em um vídeo divulgado hoje pelo Vaticano.
"As guerras afetam só algumas regiões do mundo; no entanto, a fabricação de armas e sua venda acontece em outras regiões, que depois não se responsabilizam pelos refugiados, não querem, não aceitam esses refugiados que tais conflitos bélicos geram", lamentou Francisco.
O papa acrescentou que "muitas vezes se fala de paz, mas se vendem armas. Podemos falar de uma hipocrisia nesta linguagem?".
Além disso, prosseguiu afirmando que "quem sofre as consequências são sempre os pequenos, os pobres, os mais vulneráveis, que são impedidos de se sentar à mesa e ficam só com as 'migalhas' do banquete".
No vídeo divulgado hoje pelo Vaticano, Francisco destaca que não se trata só de "migrantes", mas de "não excluir ninguém", e critica o mundo atual que "a cada dia é mais elitista e a cada dia é mais cruel com os excluídos".
"Os países em desenvolvimento continuam esgotando seus melhores recursos naturais e humanos em benefício de alguns poucos mercados privilegiados", acrescentou.
O papa denunciou também que este "desenvolvimento exclusivista faz com que os ricos fiquem mais ricos e os pobres mais pobres" e defendeu que "o verdadeiro desenvolvimento é inclusivo e fértil, voltado para o futuro".
O vídeo também mostra a mensagem de Francisco para a Jornada Mundial do Migrante e do Refugiado, divulgada no último dia 27 de maio.
Naquela mensagem, o pontífice disse que é preciso superar o medo dos migrantes e acolhê-los, tanto para ajudar estas pessoas como para superar a decadência moral de uma sociedade injusta e contribuir para conseguir os objetivos de desenvolvimento sustentável traçados pela comunidade internacional.
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