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Trump defende atuação de Ivanka no G20: "Os líderes estrangeiros a amaram"

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com filha Ivanka Trump, na Casa Branca, em Washington - Carlos Barria/Reuters
Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com filha Ivanka Trump, na Casa Branca, em Washington Imagem: Carlos Barria/Reuters

05/07/2019 17h02

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu nesta sexta-feira o trabalho da sua filha mais velha e assessora, Ivanka Trump, cuja participação ativa nos debates de líderes do G20 gerou algumas críticas, mas negou que esteja tentando "prepará-la" para que também concorra pela presidência americana.

"Acho que Ivanka foi maravilhosa no G20. Os líderes estrangeiros a amaram. Pensam que ela é genial, é muito esperta e fez um grande trabalho", declarou Trump aos jornalistas na Casa Branca antes de decolar para Bedminster, em Nova Jersey, para passar o final de semana.

As críticas à filha e assessora de Trump se multiplicaram nos EUA depois que o escritório do presidente francês, Emmanuel Macron, publicou um breve vídeo no Instagram relacionado com a Cúpula do G20 que reuniu na semana passada os líderes das 20 economias mais desenvolvidas e emergentes do mundo em Osaka, no Japão.

No vídeo, Ivanka Trump participava de uma conversa entre Macron, a primeira-ministra interina do Reino Unido, Theresa May; o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau; e a então diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde.

A conversa parecia centrada no empoderamento econômico das mulheres, e a assessora de Trump não duvidou em interromper May para assegurar que as desigualdades também acontecem no setor da defesa, algo que aparentemente desconcertou Lagarde.

O desenvolvimento econômico feminino em nível internacional é uma das prioridades de Ivanka na Casa Branca, e ela foi - junto à rainha Máxima da Holanda - uma das duas únicas mulheres que falaram em um ato sobre o tema organizado durante o G20 pelo anfitrião da reunião, o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe.

As tentativas da filha de Trump de insertar-se na diplomacia internacional culminaram na última parada da viagem do seu pai, no domingo passado na fronteira intercoreana, quando Ivanka foi uma das participantes da terceira reunião entre o governante americano e o líder norte-coreano, Kim Jong-un.

Embora careça de credenciais diplomáticas e não tenha o sinal verde do Congresso americano para exercer esses trabalhos, Ivanka Trump tenta ocupar um espaço no cenário internacional desde que seu pai chegou ao poder há dois anos e meio.

A empresária de 37 anos gerou controvérsia em meados de 2017, durante a Cúpula do G20 em Hamburgo (Alemanha), quando substituiu seu pai em duas ocasiões na mesa durante as sessões dessa reunião.

Trump reiterou hoje que sua filha, que antes trabalhava na Organização Trump em Nova York e tinha sua própria marca de roupas, "sacrificou muito" para trabalhar na Casa Branca, assim como seu marido, o também assessor do presidente, Jared Kushner.

No entanto, ao ser perguntado sobre um possível passo adiante na carreira política da sua filha, Trump foi taxativo: "Não a estou preparando para que ocupe um cargo público".