Gêmeas siamesas são separadas após mais de 30 horas de cirurgia em Bangladesh
Uma equipe de médicos da Hungria e de Bangladesh conseguiram separar hoje duas gêmeas siamesas de três anos unidas pela cabeça, em uma cirurgia que durou mais de 30 horas e que aconteceu em um hospital militar de Bangladesh.
A cirurgia, na qual participaram médicos húngaros e bengaleses, começou ontem e hoje, após 33 horas de trabalho, as meninas "estão sob observação", segundo disse à Agência Efe o subdiretor do Departamento de Comunicação do Exército, Muhammad Nur Islam.
"Os médicos nos disseram que as duas evoluem bem e estão em situação estável", declarou à Efe o pai das meninas Rabeya e Rukiya, Rafiqul Islam.
O pai agradeceu a ajuda recebida tanto em Bangladesh como no exterior, especialmente da organização humanitária húngara Ação pelos Desfavorecidos (ADPF), que tornou possível o aparente sucesso da cirurgia.
Na Hungria, as meninas foram preparadas durante sete meses para a cirurgia e, em 22 de julho, ambas retornaram a Bangladesh.
"Hoje nos sentimos aliviados", reconheceu Islam, que sabe que o processo de recuperação será longo.
As meninas nasceram em 16 de julho de 2016 no distrito de Pabna, no norte do país.
O pai tinha contado à Efe em 2017 que os médicos nunca disseram que teriam gêmeas e que apenas foram informados de que a menina tinha uma cabeça com um tamanho maior do que o habitual.
"Foi triste quando vimos que as duas meninas tinham nascido com uma cabeça", explicou então, ao assegurar, no entanto, que não tinham problemas para alimentá-las e que as pequenas agiam normalmente, exceto que quando uma dorme, a outra está desperta e quando uma ri, a outra chora.
Nesse mesmo ano, uma equipe médica do hospital universitário Bangabandhu Sheikh Mujib de Daca começou a avaliar a possibilidade de operar as siamesas, uma cirurgia de grande complexidade para a qual foi solicitada ajuda estrangeira.
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