Chile: Dia de protestos termina com quase 850 detidos e 46 feridos
O dia de protestos e greve geral no Chile, ontem, deixou um saldo de 849 detidos, 46 civis feridos e 19 delegacias de polícia atacadas, como relatado hoje pelos carabineiros (polícia militarizada).
O general Enrique Monrás, chefe da Área Metropolitana Ocidental dos Carabineros, disse que ontem foi "um dos dias mais violentos" em Santiago desde o início dos protestos, no dia 18 de outubro.
"Em nível nacional, ontem foi um dos dias mais violentos que tivemos, especialmente no que diz respeito aos ataques a quarteis, saques e número de oficiais feridos ao longo do dia", disse Monrás a jornalistas.
Ontem, o Chile teve um dia agitado em termos de mobilizações, incluindo uma greve geral que levou milhares de pessoas às ruas em todo o país, mas que foi manchada por saques, incêndios e confrontos entre manifestantes e as forças de segurança.
Segundo o general, 248 mil pessoas participaram ontem de manifestações no Chile, sendo que 80 mil foram na capital Santiago.
"Cerca de 1,5 mil e 2 mil pessoas se dedicaram apenas aos distúrbios, agressão aos policiais e danos à propriedade pública e privada", disse.
Ele afirmou que cerca de 340 carabineiros foram feridos e 19 delegacias de polícia foram atacadas.
Quanto aos detidos, 209 pessoas foram presas em Santiago e 640 em outras regiões do país. Já 325 foram presos por participarem de saques em lojas.
O número de civis feridos nos protestos de ontem foi de 46, dez deles na capital e 36 em outras áreas do país.
Ontem, em conversa com jornalistas, o presidente Sebastián Piñera lamentou a violência e destruição do dia e anunciou que os policiais que se aposentaram recentemente serão reintegrados ao serviço para fortalecer as forças de segurança.
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