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Polícia de Hong Kong encerra cerco à Universidade Politécnica

Investigador observa material deixado pelos estudantes que ocupavam a Universidade Politécnica de Hong Kong em protesto contra o governo há duas semanas. Hoje, a polícia encerrou o cerco ao campus após a retirada de todos os manifestantes - Xinhua/Li Zhen
Investigador observa material deixado pelos estudantes que ocupavam a Universidade Politécnica de Hong Kong em protesto contra o governo há duas semanas. Hoje, a polícia encerrou o cerco ao campus após a retirada de todos os manifestantes Imagem: Xinhua/Li Zhen

29/11/2019 08h01

A polícia de Hong Kong encerrou nesta sexta-feira o cerco de quase duas semanas à Universidade Politécnica, com a retirada de todos os oficiais em torno do campus, um dia após ter descoberto armas como coquetéis molotov, arcos e substâncias químicas.

No total, os agentes apreenderam 3.989 coquetéis molotov, 1.339 componentes de explosivos, 601 garrafas de líquidos corrosivos e 573 peças de armas, diz um comunicado da polícia.

Os investigadores da polícia se retiraram e o cordão policial em torno da Universidade, que foi mantido por 12 dias, foi retirado, diz a nota, reiterando que a polícia adotou "uma abordagem flexível para resolver a crise e fez todos os esforços para resolver a situação de forma pacífica".

As forças de segurança estiveram no campus ontem pela manhã para remover objetos perigosos e recolher provas no campus.

Hoje pela manhã, a polícia anunciou que encerraria o cerco após repetidos apelos da diretoria da Politécnica, onde exigiam que as forças de segurança desbloqueassem o campus, uma vez que a maioria dos manifestantes havia deixado o complexo, localizado em Kowloon.

No entanto, ainda não está claro se os manifestantes continuam dentro da universidade. Na última quarta-feira, um deles saiu e garantiu à imprensa que ainda havia cerca de 20 deles lá dentro.

O cerco começou no último dia 17, quando manifestantes anti-governo entraram em conflito violento com os agentes. Muitos deles fugiram para a universidade, onde ficaram presos depois que a polícia cercou o campus e decidiu impedir quem deixasse o complexo.

Nos dias seguintes, centenas de pessoas entrincheiradas na universidade se renderam, enquanto outras usaram seus próprios meios de fuga, por exemplo, rapel em uma ponte próxima.

Os que ficaram recusaram-se a sair por medo de serem acusados de revolta - um crime que acarreta pena máxima de dez anos de prisão, segundo a lei de Hong Kong - e serem violentamente reduzidos pela polícia.

Até o momento, a polícia prendeu ou identificou mais de mil pessoas que deixaram o campus.