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Alerta da OMS sobre máscara feito em março não é mais válido

LucaLorenzelli/Getty Images/iStockphoto
Imagem: LucaLorenzelli/Getty Images/iStockphoto

em Genebra (Suíça)

31/03/2020 21h47Atualizada em 08/01/2021 15h22

Como toda doença recente, especialistas e órgãos internacionais continuam analisando os dados sobre o vírus e a covid-19. Com o desenvolvimento dos estudos, meses depois desta declaração, consolidaram que o uso de máscara por todas as pessoas é importante no controle da pandemia.

O porta-voz da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tarik Jasarevic, lançou no dia 31 de março um alerta sobre o uso indiscriminado de máscaras pelas pessoas que não querem se infectar pelo novo coronavírus, garantindo que possa haver uma falsa sensação de segurança. A orientação, porém, mudou meses depois. Em junho, a OMS já recomendava o uso de máscaras faciais em público, para evitar a covid-19.

"O uso não é requerido para pessoas saudáveis. Ao invés disso, as pessoas com sintomas é que devem usá-las, para proteger os demais, assim como os que cuidam dos doentes em casa e estão mais expostos ao vírus", explicou o representante da entidade.

Jasarevic reforçou uma orientação que foi dada ainda no início da propagação da covid-19, de que há outras formas mais eficazes de prevenção.

"O uso de máscaras, em si, não garante a proteção, se não for combinado com outras medidas. O problema é que as pessoas que a utilizam podem ter um falso sentimento de segurança e esquecer de outros atos essenciais, como lavar as mãos", explicou.

O porta-voz da OMS ainda lembrou que, se o aparato não for bem colocado no rosto, o portador pode ter a tendência de tocar mais frequentemente a face, permitindo que o vírus entre no organismo pelas mucosas dos olhos, nariz e boca.

Jasarevic, além disso, lembrou que as máscaras, fundamentais para alguns grupos, estão em falta em vários países, em mais um argumento para pedir que pessoas saudáveis que não estão convivendo com doentes, evitem utilizá-las.

De acordo com os dados mais recentes da OMS, 693.224 foram infectadas em todo o planeta pelo novo coronavírus, e mais de 33 mil morreram.