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Apesar de acordo com EAU, Netanyahu vê anexação da Cisjordânia como opção

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel - Oded Balilty/POOL/AFP
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel Imagem: Oded Balilty/POOL/AFP

14/08/2020 02h15

Jerusalém, 13 ago (EFE).- O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira que a anexação de parte da Cisjordânia ocupada ainda não está descartada, embora o acordo para a normalização das relações diplomáticas do país com os Emirados Árabes Unidos inclua a suspensão desse plano.

"A aplicação da soberania sobre Judeia e Samaria (nome bíblico da Cisjordânia) está sobre a mesa", disse Netanyahu em pronunciamento transmitido ao vivo.

Anteriormente, o governo israelense havia manifestado satisfação com o acordo para normalizar as relações diplomáticas com os Emirados Árabes Unidos e esperava que abrisse o caminho para que o mesmo fosse obtido com outros países árabes.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou também nesta quinta-feira que Israel e EAU concordaram em estabelecer laços diplomáticos como parte de um amplo acordo pelo qual as autoridades israelenses suspenderão a anexação do território palestino ocupado.

A declaração oficial do acordo diz que "Israel suspenderá a declaração de soberania sobre as áreas destacadas na Visão para a Paz do presidente e concentrará seus esforços agora na expansão dos laços com outros países do mundo árabe e islâmico".

A chamada Visão para a Paz é o plano apresentado pelo governo Trump, elaborado por seu genro e conselheiro, Jared Kushner, que dá sinal verde a Israel para anexar partes da Cisjordânia.

Os EAU são o terceiro país da região a estabelecer relações diplomáticas com Israel - o Egito assinou um acordo de paz em 1979, e a Jordânia fez o mesmo em 1994, abrindo as portas para a normalização das relações após as guerras árabe-israelense de 1967 e 1973.