Ministro italiano apela aos jovens que cuidem de parentes mais velhos
O ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, pediu nesta sexta-feira aos jovens para tomarem medidas preventivas contra o novo coronavírus, evitando assim infectar seus pais e avós.
"A idade média das infecções caiu para 30 anos. Muitos dos jovens infectados apresentam sintomas muito fracos ou não apresentam sintomas, mas logo o contágio pode atingir seus pais e avós", alertou.
O ministro salientou que "não devemos pensar que o jogo está ganho", ao comentar sobre a crise da covid-19 em seu discurso hoje, durante uma conferência realizada em Rimini.
A Itália, que foi o país europeu mais atingido pelo coronavírus no início da pandemia e o primeiro a confinar toda a população, está tentando conter mais de mil novos surtos em todo seu território, embora agora tenha menos casos do que outros países vizinhos, como Espanha e França.
De acordo com os últimos dados do Ministério da Saúde, a Itália está perto de mil novas infecções, com 947 casos detectados nas últimas 24 horas, número que vem aumentando nesta semana.
A maioria das novas infecções é identificada com casos importados, bem como com locais de diversão noturna entre os jovens.
De acordo com o relatório semanal de acompanhamento da pandemia publicado pelo Instituto Superior de Saúde italiano (ISS), "na Itália, como na Europa e no mundo, houve uma transição da epidemia com uma queda acentuada da idade média da população que contraiu a doença. A idade média dos casos diagnosticados na última semana é de 30 anos".
O relatório explica que "a circulação passa a ser mais frequente nas faixas etárias mais jovens, num contexto de reabertura dos locais de encontro e de maior mobilidade".
Desde o início da pandemia em fevereiro, a Itália registrou 257.065 casos e 35.427 mortes.
Speranza também defendeu "transformar a crise em uma ocasião para um reinício do país" e retomar os investimentos na saúde pública.
"Acho que chegou a hora de fazer um grande negócio para o país e de reinvestir no Serviço Nacional de Saúde, como um investimento para o futuro", disse.
"Em cinco meses foi gasto mais dinheiro com saúde pública do que nos últimos cinco anos. E isso mostrou a importância de ter um Serviço Nacional de Saúde capaz de atender a uma emergência", acrescentou.
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