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Coronavírus: Índia bate novo recorde mundial com 95.735 casos em 24 horas

País é o segundo do mundo em número de casos, atrás apenas dos Estados Unidos - Noah Seelam/AFP
País é o segundo do mundo em número de casos, atrás apenas dos Estados Unidos Imagem: Noah Seelam/AFP

Da EFE, em Nova Delhi (Índia)

10/09/2020 13h03

A Índia registrou hoje 95.735 casos do novo coronavírus, um novo recorde mundial que foi ultrapassado quase diariamente nas últimas duas semanas, já superando a marca de 4,4 milhões de positivos e mantendo o país como o segundo mais afetado pela pandemia atrás dos Estados Unidos.

Com um total de 4.465.863 casos, a Índia marcou um aumento de 2,2% nas infecções em relação à semana anterior, quando a média diária era em torno de 83 mil novas infecções, e há duas semanas quando, com cerca de 75 mil casos por dia, começou a quebrar recordes de propagação global, passando a ultrapassar a marca estabelecida pelos EUA em meados de julho.

A Índia aumentou sua capacidade de fazer testes para o coronavírus desde o início da pandemia, e nas últimas 24 horas voltou a ultrapassar 1,1 milhão de testes (52,9 milhões no total), o que também está relacionado ao aumento da confirmação de casos.

Segundo dados do Ministério da Saúde indiano, o país também registrou 1.172 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, elevando o total para 75.062 vítimas desde o início da pandemia.

A Índia é o terceiro país com maior número de óbitos, atrás apenas dos EUA (190.815) e do Brasil (128.539), sendo responsável por quase um terço das mortes globais entre os três.

Ainda assim, a taxa de mortalidade na Índia, 1,7% de acordo com a Universidade Johns Hopkins, dos EUA, está entre as mais baixas no ranking das 20 nações mais afetadas.

Atualmente, o segundo país mais populoso do mundo, com quatro vezes mais habitantes que os Estados Unidos, tem uma média de 323 casos por 100 mil habitantes.

No entanto, o país não tem mostrado nenhum comportamento sustentado no controle da curva de contágio e, embora seus números ainda sejam relativamente baixos, considerando sua grande população, a velocidade de disseminação ameaça fazer da Índia o epicentro da doença.

Enquanto os EUA, Brasil e Rússia aumentam o número de casos em uma média diária de cerca de 0,6%, a Índia aumenta para 2,1%.